16 de junho de 2013

Especial: Temporada de Verão 2013

É chegado o inverno... Digo, verão! E com ele vem otakus dentuços, galinhas degoladas e lutinhas entre bonecas.

Em um anime Deus abandonou sua criação, e em outro belos demônios duelam entre si para ver quem será o novo imperador do Inferno - mais uma disputa entre esbeltos rapazes será a de onze irmãos em volta de sua irmãzinha, delírio extra para o público feminino que já ansiava há semanas os garotos nadadores e sarados do Kyoto Animation. Se essa não é sua praia, tente batalhas entre bonecas, a continuação dos confrontos entre cantoras e alienígenas ou a guerra dos videogames personificada em um mundo moe e fantasioso. Em último caso, pode se arriscar em um joguinho de assassinato em uma escola de elite, mas cuidado! Caso perca, você será cruelmente executado...

SHAFT vem disposto a reaver o dinheiro perdido com "Sasami-san", e nada melhor do que uma nova temporada da franquia "Monogatari". Em grau menor, mas respeitoso, "High School DxD" traz sua sequência, e menininhas lolis jogando basquete, meninas pervertidas jogando tênis e meninas lolis (de novo?) desvendando mistérios também retornam com seus respectivos animes - mas agora temos a estreia de meninas brincando de "airsoft"; alguém ainda duvida da capacidade delas em fazer qualquer coisa? Ah, sim, temos novas "mahou shoujo", mas isso aí não é mais novidade não... Prefiro algo "fresco", diferente, tipo um otaku vampiro tentando ressuscitar sua amiga humana ou um garoto da cidade sofrendo no campo, e talvez até uma garota otaku sofrendo para fazer amigos. Há também otakus na faculdade, que devem estudar tanto quanto trabalham os funcionários da prefeitura de Hokkaido... De qualquer forma, todos esses devem agradecer por não serem transformados em um cão cuja dona é uma escritora sádica...


São por enquanto 35 estreias, e esse número tende a aumentar um pouquinho, mas não será nada comparado aos mais de 50 títulos da temporada anterior. Como de praxe, ousei comentar e especular a respeito somente as séries de TV; para saber dos lançamentos de OVAs, Movies, Specials e OADs a cartela do Neregate segue abaixo. E, lógico, os comentários pessoais são uma tentativa de adivinhar algo que sequer estreou, e no final aquilo que parecia ser uma bomba iminente ou um aposta certeira podem acabar trocando de lugar (pôxa, Satelight, errou feio com "Arata Kangatari"... e como iria saber que "Hataraku Maou-sama" se sairia melhor que o original?). Mas garanto que não direi que um anime com jovens nadadores moe acabará com a indústria japonesa...

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Como esse post está sendo feito com certa antecedência, muitos dados novos surgirão ou terão de ser corrigidos; dessa forma, manterei logo a frente uma relação das atualizações realizadas aqui. Todos os animes têm em seu título um link que o leva às suas respectivas páginas no MyAnimeList.

Por fim, as datas de estreia se referem ao dia exato da primeira exibição do anime (excluindo pré-estreias), não importando o horário. Ex: em alguns sites colocam que anime X estreará dia 6 de julho, sendo que sua estreia será à 1:00 da manhã já do dia 7; mas aqui a data estará como dia 7 de julho mesmo.




(abrindo em uma nova aba a imagem é automaticamente salva; visite o site do Neregate para visualização online)


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Atualizações:
15/07: Adicionado o anime "Maji de Otaku na English! Eigo de Tatakau Mahou Shoujo - The TV".
15/07: Corrigida a informação "De onde saiu" de "Rozen Maiden (2013)"; o segundo mangá possui atuais 6 volumes, não 15.
14/07: Adicionado o anime "Nyuru Nyuru!! Kakusen-kun".
14/07: Adicionado o anime "Yami Shibai" - pois é, surgiram mais alguns animes menores por aí. Por isso que não dá para ficar falando "Veja todas as estreias só aqui!" igual outros fazem, né...
08/07: Adicionado o anime "Gifuu Doudou!!: Kanetsugu to Keiji". Sabia desse há tempos e era o único que faltava adicionar, mas a preguiça, sabe...
29/06: A mudança no visual do site acabou tirando as fontes dos textos... Uma hora arrumo tudo.
29/06: Adicionado o anime "Turning Girls".
29/06: Adicionado o trailer de "Senki Zesshou Symphogear G".
21/06: Adicionado o trailer de "Tamayura: More Agressive".
19/06: Adicionado novo trailer de "Choujigen Game Neptune: The Animation".
19/06: Adicionado novo trailer de "Fantasista Doll".
19/06: Substituído o link do trailer de "Inu to Hasami wa Tsukaiyou" por um legendado.
18/06: Adicionado o trailer e 6 vídeos especiais de "Servant x Service".
18/06: Adicionado novo trailer de "Kamisama no Inai Nichiyoubi".
17/06: Adicionado o anime "Yuuto-kun ga Iku".
16/06: Fiz confusão quanto à explicação sobre as datas de estreia. Corrigido.
16/06: Corrigidos mais alguns erros de digitação e formatação.
16/06: Adicionado o anime "The Midnight Animals".
16/06: Corrigidos alguns erros de digitação e formatação.


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Formato: TV 
Data de estreia: 12/07
Diretor: Tatsuyuki Nagai ("Honey and Clover II", "To Aru Kagaku no Railgun", "Toradora")
Estúdio: A-1 Pictures
Gênero: Drama / Romance / Slice-of-Life
De onde saiu: Animação original.
Site oficial: Clique aqui

É o noitaminA dando outra vez uma de "Vale a Pena ver de Novo".


Exibido no início de 2011, a história melodramática que fez todo mundo derrubar lágrimas (e muitos se sentirem idiotas depois por fazerem isso com algo tão forçado), sobre amigos que se reencontram após se separarem anos atrás por causa de um incidente trágico, volta à televisão no bloco noitaminA da TV Fuji.

Sucesso em sua época - teve uma média superior a 30 mil cópias vendidas por volume em BD -, tal reexibição servirá como um chamariz para o filme que lançarão no dia 31 de agosto. A história do longa será a mesma da série de TV, com a diferença de que a veremos do ponto de vista da pequena Menma.

NoitaminA já veio com essa ideia de reprisar anime, com o atual "Katanagatari", série baseada numa obra de Akiyuki Shinbou que, por possuir episódios de 50 minutos de duração cada, ocupou os dois horários do bloco. Levando em conta que na temporada de inverno não houve nenhuma estreia também - porque "Psycho-Pass" e "Robotics;Notes" tiveram 22 episódios e ficaram seis meses em exibição -, só agora, na metade do ano, que veremos um novo anime, junto a "Ano Hana". Só um, mas já é algo, e algo que bate com a identidade do programa. Esse é "Gin no Saji", que surgirá adiante.



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Formato: TV 
Data de estreia: 08/07
Diretor: Shigeyuki Miya ("Aoi Bungaku", "Supernatural: The Anime Series")
Estúdio: Brains Base
Gênero: Ação / Comédia
De onde saiu: Mangá, 8 volumes, em andamento.
Site oficial: Clique aqui
Trailer: Clique aqui

Por que ninguém nunca antes pensou em criar um vampiro otaku?


Staz é o vampiro chefe do distrito leste no mundo dos demônios, mas ele está longe de ser um líder motivado ou um típico sugador de sangue humano; seus maiores interesses se resumem à cultura do Japão como um todo, especialmente jogos e mangás. No início da história uma garota japonesa, chamada Yanagi Fuyumi, entra acidentalmente nesse mundo; antes que seus capangas pudessem fazer algo, Staz finge que cuidará dela e a leva a seu quarto, onde faz inúmeras perguntas a respeito de sua terra natal. Enquanto conversam, ele é interrompido por um intruso que ambiciona seu território, e sai na rua para enfrenta-lo.

Porém, quando Staz volta ao seu quarto, ele vê um monstro e os restos mortais de Fuyumi. Logo depois, flagra a garota nua em um canto, e descobre que ela virou um fantasma. Desapontado com o ocorrido, Staz promete achar um meio de trazer Fuyumi de volta à vida.


Com exceções cada vez mais raras, Brains Base aderiu de vez à criação de animações medíocres; "Blood Lad" pode não estar tão mal quanto o atual "Yahari Ore no Seishun", do mesmo estúdio, mas pelo visto nos trailers a arte está muito aquém do que es esperaria da adaptação de um mangá tão popular - não está ruim, só comum, sem graça. Mas isso nem está sendo, por ora, a maior reclamação dos fãs; o que vem sendo um tanto criticado é aquela coloração saturada usada pelo Brains Base de vez em quando, que destoa um pouco do mundo cinzento do mangá. Além disso, também não caiu no gosto o "character design" de Staz feito por Kenji Fujisaki, que deixou o personagem com uma aparência bem mais jovem e inofensiva. 

O mangá é bom (no Brasil é publicado pela Panini), mesmo que, até onde li, não tenha visto nada tão impressionante que justificasse o hype em cima dele e do anime. Staz é o habitual protagonista indiferente que de repente acaba se importando com alguém, Fuyumi é aquela heroína que parece estar ali apenas para ser salva e chorar e exibir seu largo busto, a escalada do roteiro que sempre apresenta um novo e maior obstáculo para o vampiro principal, os antagonistas com motivações meio nebulosas... Tudo encaixadinho, limpinho, engraçadinho e agitado a quase todo momento e jamais exagerando no drama - pois mal há espaço para isso. É uma montagem básica, porém competente, que ganha um charme maior graças ao ambiente e seus personagens peculiares, em especial, claro, o estranho dentuço otaku que se interessa mais por Akihabara do que por disputas de território e sangue...

O diretor, Shigeyuki Miya, esteve à frente de uma das histórias de "Aoi Bungaku", "Kokoro" (episódios 7 e 8), excelente por sinal; não teve muita sorte com o sofrível anime de basquete "Buzzer Beater", mas foi regular na versão animada da série "Supernatural" e em especiais de "Lupin". Por outro lado, Takeshi Konuta, responsável pelos roteiros, é muito menos inexperiente, tendo como maiores destaques na carreira os animes "Toshokan Sensou" e "Texhnolyze", dos quais cuidou dos roteiros. Não injetam muita confiança, mas "Blood Lad" não é um anime que exigirá muito esforço para dar certo.


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Formato: TV 
Data de estreia: 02/07
Diretor: Jun Matsumoto  ("Persona -trinity soul-")
Estúdio: Brains Base
Gênero: Comédia / Harém / Romance
De onde saiu: Novel, 7 volumes, em andamento.
Site oficial: Clique aqui
Trailer: Clique aqui

Ih, Brains Base se tornou a nova casa das fujoshi...


Hinata Ema é a filha única do famoso aventureiro Hinata Rintarou, viúvo que se casará com Asahina Miwa, mãe de onze rapazes. Decidida a apoiar o pai, Emi passa a morar com sua nova família em uma mansão de cinco andares chamada Sunrise Residence. Com o passar dos dias, pequenos romances surgem entre ela e seus "irmãos".

"Amnesia" não foi um estrondo, mas está rendendo; e o mesmo deverá ocorrer com "Brothers Conflict", porque estamos falando de um Harém -  um time de futebol! - com rapazes para todos os gostos! Quer um médico carinhoso de 31 anos? Masaomi. Um advogado sereno e bom cozinheiro de 28? Ukyo. Um esteticista galanteador de 21? Louis. Um esportista sisudo de 19? Subaru. Um menininho efeminado de poucos 11 anos? Wataru. Ainda há o "delinquente", o popular boa pinta da escola, o jovem egocêntrico que se acha superior aos demais... Enfim, será curioso ver como tratarão de tantos personagens em um espaço curto de tempo - para as fujoshis, entretanto, não será nem um pouco difícil cuidar de cada um em separado nos doujins que virão...

Por fim, não é de se estranhar que, novamente, teremos algumas figurinhas marcadas no elenco de "seiyuus"; Ono DaisukeDaisuke NamikawaSuwabe Junichi - que na aparência pode não chamar a atenção, mas é inegável o quão sua voz é potente -, Kenichi SuzumuraYuki Kaji (se eu disser que ele fará o menino de onze anos chorão e fracote, alguém ficará surpreso?), e claro, deixando o melhor para o final, Hiroshi Kamiya, que deve ter cansado de ganhar tantos prêmios e votações de popularidade.

Ele dublará algum dos irmãos principais, como seria o esperado?

Não. Dará voz ao esquilo de estimação da radiante protagonista, pois ela tem um, e ainda conversa com ele.

Ah, próximo anime...


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Formato: TV 
Data de estreia: 12/07
Diretor: Masahiro Mukai
Estúdio: David Production
Gênero: Ação / Comédia / Fantasia / Sci-fi
De onde saiu: Jogo "Hyperdimension Neptunia", lançado para PS3.
Site oficial: Clique aqui
Trailer: Clique aqui e aqui

Gamindustri é um mundo fantástico governado por seres chamados de "Deusas". Elas lideram quatro Estados: Planeptune, Lastation, Lowee e Leanbox. Por muitos anos, estes Estados lutaram entre si pelos "Shares", a fonte do poder das Deusas.

Contudo, temerosas de que esse conflito sem fim pudesse acabar com suas forças, as Deusas assinaram um tratado proibindo que cada uma tomasse os "Shares" à força. Sob esse acordo, as Deusas e suas irmãs mais novas avançam para uma nova fase de suas relações, marcando uma era de risadas, disputas leves e cooperação.

Okay, aguentou ler até aqui? Pois note os nomes dos tais Estados: Lastation (Playstation), Lowee  (Wii), Leanbox (XBOX) e Planeptune (Sega Neptune, console que nunca chegou a ser lançado)... Agora, o nome do mundo não precisa explicar, né?

"Hyperdimension Neptunia" é basicamente um jogo de RPG em 3D típico de exploração, no qual você passa por "dungeons" abrindo baús e tendo encontros aleatórios com monstros. Como deve ter ficado claro, sua trama usa muitas analogias em relação ao passado e o presente do mundo dos games, seja em eventos ocorridos no jogo ou em diálogos entre as diversas personagens femininas. 

Porém, ele cai naquela armadilha que muitos outros títulos semelhantes não escaparam; a de achar que fazer sátiras e referências a tudo que é jogo seria o suficiente para atrair fãs. Bastante criticado e mal avaliado por diversos profissionais do ramo por jogar a esmo piadinhas medianas e ter no fim uma história e jogabilidade mal feitas, "Hyperdimension Neptunia" parece não ter nenhum outro apelo a não ser suas garotinhas genéricas, que no jogo são abusadas o quanto podem por closes indiscretos.

E é dessa fonte nada animadora que vem a série de TV, "Choujigen Game Neptune: The Animation", que acompanhará o lançamento de um jogo para PS Vita, uma light novel e um novo mangá - já existe um publicado há algum tempo, de comédia e história fraquíssimas. Possuindo nomes inexperientes na produção e se baseando em algo tão mal falado, eis um candidato favoritíssimo a ser a "bomba" da temporada - mas uma bomba que deverá dar algum retorno.


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Formato: TV 
Data de estreia: 05/07
Diretor: Seiji Kishi ("Angel Beats!", "Devil Survivor 2 the Animation", "Seno no Hanayome", "Tentai Sunshi Sunred")
Estúdio: Lerche
Gênero: Ação / Suspense / Terror
De onde saiu: Jogo para PSP.
Site oficial: Clique aqui
Trailer: Clique aqui

Seiji, volte a fazer comédias!


Um grupo de elite de quinze estudantes está reunido em uma escola de alta classe. Graduar-se nesse lugar significa que você terá sucesso garantido na vida, mas essa não é uma tarefa fácil. 

A escola é presidida por um urso chamado Monokuma, e ele explica aos alunos que o único meio de se "graduar" é  assassinando um de seus colegas e não ser descoberto. Se os demais estudantes conseguirem revelar a identidade do assassino, somente este será executado; todavia, caso eles falhem em descobrir a verdade, apenas o assassino sai ileso, enquanto todos os outros são mortos. Quem dos 15 sobreviverá a esse banho de sangue?

Não é da série "Shin Megami Tensei" (Seiji Kishi dirigiu duas adaptações dela, "Persona 4: The Animation" e "Devil Survivor 2 The Animation"), mas a jogabilidade é parecida. É o mesmo diretor popular - e dois nomes que lhe seguem em várias produções, o roteirista Makoto Uezu e o "character designer" Kazuaki Morita - no comando de outra animação de suspense ultra estilizada vinda de um jogo. E, possivelmente, se verão os mesmos problemas que fizeram "Persona 4" ser tão criticado (mas vendeu como água, prova do poder da franquia...) e que estão fazendo "Devil Survivor 2" passar batido na temporada atual. 

Seria o culpado Seiji Kishi, que não faz jus à sua popularidade e não tem pulso firme para levar uma história linear até seu final? Os roteiros de Makoto Uezu? Ou, simplesmente, a fonte original, que desde o início não traz um material fácil de ser animado? Não quero apontar culpados com medo de errar - e morrer? -, mas o resultado dessa fórmula é muito conhecida e previsível; a execução será sofrível e questionável, mas como entretenimento puro "Danganronpa" se mostrará satisfatório - mesmo com a animação pobríssima do nanico estúdio Lerche.


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Formato: TV 
Data de estreia: 07/07 
Diretor: Hisashi Saito ("Bamboo Blade", "Boku wa Tomodachi ga Sukunai"
Estúdio: Hoods Entertainment
Gênero: Sci-fi
De onde saiu: Animação original.
Site oficial: Clique aqui
Trailer: Clique aqui (legendado em inglês)

Porque meninas fofinhas lutando entre si nunca é demais, pelo que parece.


Bonecas que lutam sabe-se lá por qual motivo, tendo a ajuda de cartas que lhe dão poderes especias; essa é a animação "original" trazida pelo pequeno estúdio Hoods Entertainment ("Nazo no Kanojo X"), que já tem um mangá publicado desde abril numa revista seinen e terá mais dois lançados em julho em outras duas revistas. Claro, não esqueceram de fazer um jogo, que surgirá ainda esse ano para smartphones. Agora é ver se o anime cai no gosto do público para dar suporte a tudo isso...

Por ora os teaser trailers não dizem nada, e muito menos o que soltaram de plot. No mínimo, o design das personagens se mostra muito bonito e detalhado, como geralmente ocorre nesse tipo de história... Contudo, além de ser incomum ver algo com jogo de cartas ser voltado ao público mais velho ao invés de pré-adolescentes, não há como não achar curioso e instigante o fato de que tal anime está saindo da cabeça de Goro Taniguchi, criador de "Code Geass". Nesse ele foi diretor das séries de TV de sua própria criação, mas em "Fantasista Doll" ficará como produtor assistente de Hisashi Saito, diretor de animes como "Boku wa Tomodachi ga Sukunai" e "Bamboo Blade". 

Pelo menos na aparência, o novo projeto de Taniguchi só se assemelha a seus outros trabalhos (tanto como produtor quanto na direção) por conta do teor "sci-fi"; pois, tirando isso, é estranho ver alguém tão afeiçoado a mechas e tramas intricadas repletas de ação - de "Code Geass" a "Infinite Ryvius", Planetes" e por aí vai - envolvido em um projeto desses. Seu nome é um chamariz tremendo que certamente fará "Fantasista Doll" causar um barulhinho no início - que certamente diminuirá depois, ou ele ousa mesmo montar algo decente aqui!? -, o que se tem notado em notícias que dão mais valor à sua presença do que a qualquer outra coisa da animação. 

Que comece o hype! Mas, de batalha entre bonecas a batalha entre bonecas, prefiro uma (ou sete) que virá mais adiante...

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Formato: TV 
Data de estreia: 06/07
Diretor: Takashi Sakamoto ("Tasogare Otome x Amnesia")
Estúdio: SILVER LINK
Gênero: Ação / Comédia / Fantasia
De onde saiu: Mangá, com três serializações; uma de 2 volumes, outra de 5 e a atual com apenas 1. 
Site oficial: Clique aqui
Trailer: Clique aqui e aqui

Talvez o melhor "spin-off" do estilo "universo paralelo onde a coadjuvante de uma história tem seu próprio anime e vira uma mahou shoujo" ? (sério, tem um número considerável de obras assim...)


Particularmente, sempre achei a personagem Illyasviel uma das mais insuportáveis do mundo de "Fate/stay night" - se bem que quase todas as garotas são, na verdade, Tohsaka e Sakura que o digam... Enjoadinha, sádica, egocêntrica; enfim, uma menininha chatíssima. Entretanto, admito que me interessei muito por ela - e por Tohsaka, inclusive - após ler o mangá de onde vem esse anime.

Adaptado de uma obra que, somando suas sequências, teve oito volumes publicados desde 2007, "Fate/kaleid" tira Illyasviel von Einzbern do grupo de coadjuvantes, lhe rejuvenesce nove anos e a traz como uma protagonista que não passa de uma estudante qualquer. Isso, claro, até ela ser obrigada pelo cetro mágico Ruby - que abandonou sua antiga dona, a destemperada Tohsaka Rin - a se tornar uma "mahou shoujo", com o intuito de terminar a missão de coletar todas as sete "Class Cards", cartas que contêm em si os espíritos de antigos Heróis - sim, sim, aqueles Heróis conhecidos por todos. 

Estando impossibilitada de continuar a procura sem magia, e não conseguindo fazer Ruby mudar de ideia, Tohsaka passa a ajudar e supervisionar Illyasviel em tal missão, enquanto sua inimiga, Luvia Edelfelt, reaparece ao lado de uma menina de poucas palavras chamada Miyu - que, para variar, também foi forçada a se transformar numa garota mágica após Luvia ser dispensada por seu respectivo cetro mágico, Sapphire...


Mais do que um fanservice caça-níquel, "Fate/kaleid" surpreende não tanto pela sua história, que é de fato batida e simplória, mas sim pelo bom humor que possui, repleto de ironias e piadas pontuais. Illyasviel perde seu jeito mimado e arrogante e aqui é somente uma atrapalhada e inexperiente garotinha mágica; de igual modo, a tsundere Tohsaka vira uma nada respeitável "mestre" para sua pupila, não se importando em se esconder durante uma batalha nem de dar um soco em outra garota, apagando totalmente aquela imagem de educada - quando o tsunderismo não a atingia, claro - e refinada que tínhamos dela... É uma comédia que tem a inteligência de, antes de tudo, tirar sarro do próprio gênero, algo que dá mais credibilidade e brilho à sua historinha (quando Illyasviel descobre que Miyu é a "nova estudante transferida" de sua sala, ela fica surpresa? Óbvio que não, pois já esperava um desenvolvimento clichê desses, de tanto que viu em animes "mahou shoujo" que ela adora... E os cetros mágicos, por si só, são dois ótimos piadistas sacanas). É a chance de ver personagens de uma história "séria" em um ambiente mais descontraído, e o melhor, a chance de ver isso sendo bem feito - pois não faltam "spin-offs" e especiais assim de grandes títulos que são um horror de tão ruins.

O conhecido como "aprendiz" de Akiyuki Shinbou, Shin Oonuma, aparece como diretor secundário, liderado por Takashi Sakamoto - que dirigiu "Tasogare Otome x Amnesia" em parceria com o próprio Oonuma. Por fim, Kenji Inoue, autor da light novel de "Baka to Test to Shoukanjuu", dará conta dos roteiros.

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Formato: TV 
Data de estreia: 04/07
Diretor: Hiroko Atsumi
Estúdio: Kyoto Animation
Gênero: Esportes
De onde saiu: Novel.
Site oficial: Clique aqui
Trailer: Clique aqui e aqui

Ainda é o moe do Kyoto Animation, só que com peitorais definidos e sunguinhas apertadas...


A história é centrada em Haruka Nanase, um garoto que sempre adorou nadar. Antes de se graduar no ensino fundamental, ele participa de um torneio de natação com seus fiéis amigos de clube, Makoto Tachibana, Nagisa Hazuki e Rin Matsuoka. Após Haruka sair vitorioso dessa disputa, cada um seguiu seu caminho e não se viram mais.

O tempo passou, e agora no meio de sua sossegada rotina no ensino médio Rin aparece e desafia Haruka para uma disputa, ganhando com facilidade e mostrando a ele o quanto melhorou. Não querendo que termine dessa forma, Haruka reúne Makoto e Nagisa mais uma vez, além de um novo membro chamado Rei Ryugazaki, para criar o Clube de Natação do colégio Iwatobi, com o intuito de derrotar Rin.

Depois de um superanimado vídeo de trinta segundos que mostrava um grupo de rapazes seminus de corpos extremamente detalhados, houve início a especulação quanto a se o Kyoto Animation teria a ousadia de fazer um anime sem suas habituais menininhas de trejeitos lindinhos - é comum do estúdio lançar todo ano curtas desse tipo, sem significar necessariamente que haverá uma série de TV em cima disso. Mais intrigante do que o trailer foi ver a reação de diversos blogs frente à possibilidade de ser ter um "anime moe voltado exclusivamente ao público feminino", com poucos sendo sensatos nos comentários; a maioria esbanjou declarações machistas e sexistas (idiotas, enfim), e alguns inclusive "previam" que "Free!" seria o início de um novo tipo de moe que acabaria com a indústria... Porque, claro, se fossem cinco garotas com maiôs justos em um clube de natação, obviamente a indústria ganharia e muito com isso...

Bobagens. É Kyoto Animation, é mais uma vez um banho de qualidade técnica, e é apenas uma mudança de público alvo, o feminino, que geralmente só tem voltado a si haréns reversos produzidos com desleixo. E pelos surtos vistos aqui e ali (blogueiras gastando o Caps Lock em posts indecorosos!), a antes tão ignorada, mas hoje bastante disputada ala fujoshi certamente dará um retorno generoso a essa inovação feita por um estúdio que, anos atrás, foi o "culpado" pela chuva de animações sobre garotinhas estudantes, graças a um gracioso grupo em particular que tocava música e tomava chá...

Hiroko Utsumi é novata na direção, mas tem história na empresa e experiência no que se refere ao teor visual que tratará em "Free!"; diretora de alguns episódios em "Nichijou", "K-ON! 2" e "Hyouka", o que chama a atenção nesse último é o seu envolvimento, precisamente, no episódio 7, onde há uma cena de Satoshi e Oreki em uma casa de banho - estranhamente bem animada demais, para quem estivesse acostumado a ver isso somente em personagens femininos. Numa entrevista concedida ao site do estúdio sobre essa cena, ela fala com empolgação de como prestou atenção a detalhes mínimos, tais quais os contornos das costelas e os movimentos dos braços no momento em que Oreki se trocava, além da hora em que ele saía do banho - Hiroko admite que tentou deixar tal sequência mais apelativa, mas não permitiram isso; porém, Satoshi não fugiu de sua pervertida escolha em vê-lo usar uma cueca rosa... É uma fujoshi assumida fazendo um anime para fujoshis, e com um orçamento considerável em mãos: fórmula perfeita para a criação de um fanservice de ótima qualidade para elas. Nesse momento, o enredo se encontra em segundo plano, especialmente porque não soa muito criativo e nem tão empolgante quanto seu visual.

Fechando, na área de seiyuus o queridinho Mamoru Miyano (Light Yagami em "Death Note", Okabe Rintarou em "Steins;Gate") é a celebridade, dublando o antagonista Rin Matsuoka. Masahiro Yokotani supervisionará os roteiros, função exercida em animes como "Maria Holic!" e "Beelzebub". Se muitos declaram aos quatro cantos que Kyoto morreu para eles e que não verão esse anime, bem, o estúdio não deverá sentir a perda desses fãs...

Ah, e parece que eles nadam de verdade, sim! 


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Formato: TV 
Data de estreia: 13/07
Diretor: Hiroshi Nishikiori ("Angelic Layer", "Azumanga Daioh", "Toaru Majutsu no Index")
Estúdio: J.C. Staff
Gênero: Comédia / Suspense
De onde saiu: Uma franquia que começou em 2009, como uma radionovela pela internet, e que depois teve jogos, mangá, light novel e animações lançados. Desse último, será a terceira temporada.
Site oficial: Clique aqui

Terceira temporada de "Milky Holmes", anime que tem, hum, detetives lolis que usam brinquedos como armas (que lhe dão poderes) para resolver mistérios, não esquecendo que seus nomes são baseados em famosos investigadores fictícios! Não comprou a ideia? Pois é, os otakus compraram e continuam comprando, tanto que os animes de 2010 e 2012, mais alguns especiais, não foram o suficientes.


Diretor de dois especiais e das duas séries de TV, Makoto Moriwaki cede lugar para Hiroshi Nishikiori, nome bem mais experiente no cargo, com animes como "Azumanga Daioh" e "Toaru Majutsu n Index" no currículo. Por outro lado, na roteirização, Kasuyuki Fudeyasu ("Hajime no Ippo: New Challenger", "Hetalia The Beautiful World") será substituído por Hideki Shirane ("Date A Live", "Hidan no Aria", "Kill Me Baby") - ou seja, não parece ter sido uma troca justa... Única certeza é que o anime realmente não será igual aos seus antecessores, seja isso bom ou não.

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Formato: TV 
Data de estreia: 13/07
Diretor: Kenji Nakamura ("Kuuchu Buranko", "Mononoke", "Tsuritama")
Estúdio: Tatsunoko Production
Gênero: Aventura / Sci-fi
De onde saiu: Spin-off de "Science Ninja Team Gatchaman", anime de grande sucesso da década de 70.
Site oficial: Clique aqui

Releitura da clássica série de TV politicamente correta "Science Ninja Team Gatchman", anime de imenso sucesso exibido entre os anos de 1972 e 1974 e que, devido à excelente recepção, teve 105 episódios ao invés dos 26 planejados inicialmente pelo estúdio Tatsunoko - no Brasil, a animação chegou no final da década de 90 através do Cartoon Network. Segundo comentários dos envolvidos na produção, "Gatchaman Crowds" será totalmente diferente do original (iihh, os fãs chiam...), a começar pelo fato de que, agora, haverá uma garota como protagonista (exigência do mercado atual?).


A história se passa no Japão em 2015 na cidade fictícia de Tachikawa City, a segunda maior metrópole da área de Tóquio, com 180 mil habitantes. Nela existem os "Gatchaman", guerreiros que lutam usando trajes reforçados com o "NOTE", a manifestação de poderes espirituais especias em seres vivos. Eles são formados por um conselho que seleciona pessoas com poderes latentes, e devem proteger a Terra de crimes alienígenas - em especial, os cometidos nos últimos anos por uma entidade conhecida como "MESS".

plot soa bobo? Sim, e isso porque o original (que copiou o estilo dos heróis americanos, e influenciou a criação de futuras obras com equipes formadas por cinco pessoas, a destacar o tokusatsu "Power Rangers") ainda tinha uma forte pegada ambientalista, possuindo temas que envolviam a preservação da natureza e o avanço tecnológico consciente, além de alienígenas que sempre iam atrás dos recursos naturais do planeta. Mas vale ressaltar a presença de Kenji Nakamura na direção, que adaptou de maneira psicodélica as loucuras psicológicas da novel de "Kuuchu Buranko" e criou as ótimas histórias originais de "Mononoke" e "Tsuritama" - esse último, a propósito, envolvia alienígenas, mas com elementos inusitados e uma narração extremamente simpática; e, não por coincidência, o roteirista dele, Toshiyo Ono, aparecerá novamente ao lado de Nakamura em "Gatchaman Crowds". Okay, "C", outro original, é exceção entre essas preciosidades, mas são 3 acertos de 4 possíveis. No geral, eis aí um anime tão pouco aguardado (e curiosamente o primeiro de Nakamura a não ser exibido no bloco noitaminA), mas que pode no fim ser um dos melhores da temporada.

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Formato: TV 
Data de estreia: 06/07
Diretor: Keizou Kusakawa ("Dog Days", "Magical Girl Lyrical Nanoha A's")
Estúdio: AIC
Gênero: 
De onde saiu: Animação original.
Site oficial: Clique aqui
Trailer: Clique aqui (legendado em inglês)

Porque meninas fofinhas lutando entre si nunca é demais, pelo que parece².

Um bando de lolis com visual super-estilizado que, em um mundo fantasioso, resolvem mistérios com a ajuda de cartas que possuem o poder de ler a sorte; essa é a premissa da animação original financiada pela Aniplex e produzida pelo estúdio AIC. Do que se pode perceber vendo o frenético e colorido trailer, é outro daqueles animes com garotinhas poderosas que tentará uma pegada mais "dark", dramática, um estilo que aumentou muito após a vinda de "Mahou Shoujo Madoka Magica". 

Quase toda série semelhante tem obtido êxito nessa empreitada, e não seria surpresa se "Genei", com sua extensa divulgação, seguisse o mesmo caminho - o público hardcore adora e sustenta tais produções; e Aniplex, nesse caso (empresa por trás desse boom pós Madoka), se baseia muito neles. Vindo ainda acompanhado de versões em mangá e light novel na sua estreia, "Genei wo Kakeru Tauiyou" será dirigido por Keizou Kusakawa e roteirizado por Michiko Itou, dois nomes que conhecem bem esse tipo de anime - Keizou, inclusive, estará nessa temporada na direção de outro anime com lolis, mas nesse elas apenas jogam basquete e exibem o corpo de vez em quando (mais o segundo do que o primeiro)...


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Formato: TV 
Data de estreia: 07/07
Diretor: Tsutomu Mizushima ("Another", "Blood-C", "Girls und Panzer", "Joshiraku", "XXXHolic")
Estúdio: Production I.G
Gênero: Comédia / Slice-of-Life
De onde saiu: Mangá, 4 volumes, em andamento - que, por sua vez, é sequência direta de outro mangá, que teve 9 volumes e duas séries de TV.
Site oficial: Clique aqui

Porque otaku não é um bicho de sete-cabeças.


Terceira temporada de "Genshiken", anime que conta a vida de um grupo de otakus membros de um clube em uma faculdade. As duas séries de TV, exibidas entre 2004 e 2007, foram produzidas por estúdios pequenos (Palm e Arms, respectivamente), e adaptaram quase toda a primeira fase do mangá, composto por nove volumes. Já quanto a "Genshiken Nidaime" não se sabe ao certo se ele pegará o que falta da primeira obra para, aí sim, começar a adaptar a segunda fase. Dessa vez, um estúdio de renome ficará a cargo da animação, o Production I.G, com o famoso Tsutomu Mizushima na direção ("Another", "Girls und Panzer", "XXXHolic", Genshiken OVA") e o trio Michiko Yokote no roteiro ("Joshiraku", "XXXHolic", séries e OVAs anteriores de "Genshiken").

Porém, o que tem mais chamado a atenção, negativamente, é a mudança completa no elenco de seiyuus; se a troca de Kaori Mizuhashi por Nozomi Yamamoto na voz de Ogiue Chika até faria sentido, por conta da grande mudança sofrida pela personagem, o do restante parece (e é) simplesmente graças a pequeninos problemas chatos de adultos, envolvendo agências e patrocinadores. A enérgica Kasukabe Saki será dublada por Satou RinaOhno Kanako será vivida por YukanaSusanna Hopkins pela novata Naomi OhzoraAngela Burton pela igualmente novata Misa Kobayashi; e, o mais imperdoável para os fãs, Nobuyuki Hiyama, que fez um excelente trabalho no papel do otaku "master" Harunobu Madarame, será substituído por Kazuyuki Okitsu. Como em "Genshiken" os anos passam, a história avança, personagens se graduam e saem do clube, mas outros chegam no seu lugar, alguns desses que eram antes protagonistas aparecerão pouco nessa sequência; mas, independente disso, mudanças de seiyuus serão sempre mais polêmicas do que as de estúdio ou equipe de produção, especialmente se for em um nível tão alto quanto o visto aqui. Em compensação, a permanência da competente equipe de roteiristas e o "upgrade" de estúdio e diretor podem, talvez, amenizar esse problema.

Em tempo: o mangá será lançado em breve no Brasil, pela editora JBC.



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Formato: TV 
Data de estreia: 03/07
Diretor: Tetsuo Hara
Estúdio: Studio Deen
Gênero: Ação
De onde saiu: Mangá
Site oficial: Clique aqui

Era o último anime que faltava adicionar. Em breve colocarei uma sinopse a respeito.







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Formato: TV 
Data de estreia: 12/07
Diretor: Tomohiko Ito ("Seikimatsu Occult Gakuin", "Sword Art Online")
Estúdio: A-1 Pictures
Gênero: Comédia / Slice-of-Life
De onde saiu: Mangá, 7 volumes, em andamento.
Site oficial: Clique aqui
Trailer: Clique aqui (legendado em inglês)

Topa limpar estábulos e tirar leite de vaca?


Yugo Hachiken deseja ter uma vida longe dos pais, e dessa forma ele decide por impulso se matricular em uma escola agrícola. Imaginando que somente com o seu talento para estudo seria possível passar por qualquer problema, esse garoto da cidade grande se vê perdido em um mundo totalmente novo para ele que é o dia-a-dia no campo, onde aprenderá - e reaprenderá - várias lições sobre a vida em companhia de seus novos e experientes amigos filhos de fazendeiros.

Nascida e criada em uma fazenda de Hokkaido, de onde só saiu aos 29 anos, Hiromu Arakawa (autora do shounen "cult" "Full Metal Alchemist") cria nessa história autobiográfica detalhes mínimos da rotina e dos serviços feitos no campo, que tanto surpreendem o inicialmente orgulhoso protagonista da grande cidade. Rapidamente perdendo aquele costumeiro ar superior e a feiosa mania de ironizar e subestimar alguns costumes e pensamentos locais, Hachiken é o nosso guia em um mundinho que muitos de nós conhecemos superficialmente, e talvez até com uma gama de pré-conceitos errados. Não somos tão ingênuos quanto ele a ponto de ficarmos admirados ao se descobrir de onde sai o ovo da galinha (!), porém é elogiável como Arakawa adiciona informações inúmeras sobre os afazeres de uma fazenda sem parecer algo maçante e falso, mas sim interessante e substancial.

Incerto de seu futuro e temeroso de seu passado, "Gin no Saji" vai narrando a transformação delicada e sutil que Hachiken sofre nesse mundo, enquanto procura um motivo mais forte para estar e continuar ali, que não a relação conturbada com os pais. Acordar às quatro da manhã para fazer trabalho braçal; descobrir que os cavalos usados nas corridas locais são mortos e viram comida quando não dão mais resultados - sendo que o mesmo ocorre com galinhas e outros animais -; ficar sensibilizado com a simples disputa entre porquinhos para tomar o leite da mãe, com o mais fraco se dando mal; perceber que não é assim tão cômodo quanto parece ser o herdeiro de uma fazenda, principalmente quando isso não é o que você realmente deseja... E ver uma galinha ser degolada na sua frente, ah, isso é o pior! A realidade é cruel e muitas vezes frustrante, o campo parece um lugar para brutos, mas momentos como o vislumbrar da paisagem em cima de um cavalo ou a simples satisfação ao ordenhar uma vaca ou saber respeitar e cuidar dos animais próximo da garota que ama (sim, tem de haver um romance!) são fatos que, juntos, vão formando em Hachiken uma admiração por esta nova e árdua vida, que às vezes praticamente jogam uma implícita mensagem de que "viver no campo é melhor", mesmo havendo seus contras. É a nostalgia de Arakawa falando mais alto nessas horas, possivelmente, mas no fim tais cenas românticas e idílicas se equilibram bem com o restante do conteúdo mais realista e didático da obra, criando um cenário verossímil e um desenvolvimento convincente para o protagonista.

Ver A-1 Pictures produzir um anime desses é realmente inesperado, e esta será a terceira vez que Tomohiko Ito aparece como diretor; se na animação original "Seikimatsu Occult Gakuin" o resultado final foi quase desastroso, e em "Sword Art Online" a adaptação da light novel foi muito criticada em diversos pontos, vê-lo ter em mãos um mangá premiado e conceituado, tão diferente de seus projetos anteriores, preocupa um pouco... Na contramão, o roteirista Taku Kishimoto foi na época bastante elogiado pelo trabalho realizado em "Usagi Drop", sua primeira e única experiência na função. Parece que ele terá que trabalhar por dois, então...


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Formato: TV 
Data de estreia: 07/07
Diretor: Osamu Yamasaki ("Hakuouki", Itazura na Kiss")
Estúdio: Studio DEEN
Gênero: Ação / Fantasia
De onde saiu: Continuação da animação exibida no início desse ano, que é baseada em um mangá com atuais 13 volumes.
Site oficial: Clique aqui

Segunda temporada de "Hakkenden", anime "shoujo" vindo de um mangá que reinventa livremente a trama do clássico romance de mesmo nome, publicado entre os anos de 1814 e 1842. O experiente diretor em animações voltadas a esse público, Osamu Yamasaki, permanece no comando.




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Formato: TV 
Data de estreia:  07/07
Diretor: Tetsuya Yanagisawa
Estúdio: TNK
Gênero: Comédia / Ecchi / Harém / Romance
De onde saiu: Continuação do anime de 2012, vindo de uma light novel com atuais 14 volumes.
Site oficial: Clique aqui
Trailer: Clique aqui

Segunda temporada do melhor anime de peitos de 2012 - poderia até falar "melhor ecchi", mas tivemos "Nisemonogatari" no mesmo ano, é outro patamar... Mas em relação a peitos foi de fato insuperável!


Pois bem, o que importa é que nesse caso não há a necessidade de esperar meses pela versão BD para poder ver o que realmente interessa; em alguns canais, igual à primeira temporada, o anime passará sem censura, e isso já é um ponto positivo imenso para um anime desses - ah, não, não vem falar que a história é boa e os personagens, legais... A equipe segue sem mudanças, com Tetsuya Yanagisawa na direção e Takao Yoshioka nos roteiros.


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Formato: TV 
Data de estreia: 02/07
Diretor: Yukio Takahashi
Estúdio: Gonzo
Gênero: Comédia / Suspense
De onde saiu: Light novel, 5 volumes, em andamento.
Site oficial: Clique aqui
Trailer: Clique aqui (legendado em inglês)

É o estúdio Gonzo em dose tripla nessa temporada.


Harumi Kazuhito é um estudante do ensino médio que adora ler livros e é fã da romancista Natsuno Kirihime. Um dia, ele encontra tal escritora em uma cafeteria, prestes a ser baleada por um assaltante; ele a protege do ataque, mas é morto em seu lugar.

Com a ajuda dos poderes sobrenaturais de uma pessoa , Kazuhito acaba sendo ressuscitado como um cachorro da raça dachshund. Ele passa a sofrer com uma vida canina sem seus adorados livros, até que uma mulher sádica carregando um par de tesouras lhe oferece ajuda. Ela é a própria Kirihime.

Após o retorno não muito animador em 2011 com "Laste Exile: Ginyoku no Fam" (tá, veio antes "Nyanpire The Animation", mas esse nem conta) e "Ozuma", um curta de 6 episódios exibido no início de 2012, Gonzo parou novamente com as séries de TV por mais um ano, porém engana-se quem pensa que esse período foi de vacas magras para o estúdio; aproveitando-se de títulos populares da época anterior à sua falência, a empresa licenciou várias de suas produções para exibição via streaming no ocidente, e de igual modo tem aproveitado muito outras áreas como brinquedos e jogos. Pode-se achar "Rosario + Vampire", por exemplo, um anime mediano para baixo, mas é graças a ele e outros que o estúdio fechou 2012 no verde, com a capacidade de continuar produzindo séries de TV. 

E para se ter uma ideia melhor do seu atual modelo de negócio, nessa temporada de primavera eles vieram com "Zettai Bouei Leviathan", um anime saído de um famoso jogo para celular que, sim, é horrível, mas as dubladoras altamente populares do elenco tem garantido um bom retorno no Japão, e a animação inclusive já foi licenciada nos Estados Unidos para ter distribuição física e digital. Além disso, em 2012 foi aberta uma subsidiária em Okinawa com foco na realização de negócios no restante da Ásia, em especial a China. Desse modo, em uma só temporada, Gonzo vem com três animações, sendo duas séries de TV e um ONA. "Kimi to Iru Machi", claro, será o carro-chefe e deverá pagar as despesas com sobras; mas o ainda tão enigmático (para nós do ocidente) "Inu to Hasami" pode, quem sabe, surpreender um pouco, mesmo que o trailer não empolgue tanto.

É visível demais o baixo orçamento, compreensível pelas condições do estúdio; mas, tirando o grande "nonsense" da premissa e o curioso casal principal, o trailer de "Inu to Hasami" traz em um primeiro momento um apanhado de personagens aparentemente genéricos e piadinhas tolas. Sendo a estreia de Yukio Takahashi como diretor, e não havendo a disponibilidade do material original ou sua versão mangá (publicada desde 2012) para ter uma noção maior da história, fica realmente difícil fazer qualquer especulação a respeito. Ao menos - ainda que não nos signifique muita coisa -, o roteirista Toshizo Nemoto, baseando-se em seus trabalhos anteriores, não deverá fazer grandes mudanças na adaptação, sendo muito fiel à fonte. O principal destaque ficará mesmo para os famosos e ótimos seiyuus protagonistas, Marina Inoue ("Boku wa Tomodachi ga Sukunai", "Minami-ke") e Takahiro Sakurai ("Bakemonogatari", "Bleach", "Code Geass"), evidenciando como a Gonzo, de novo, aposta as fichas em dubladores para chamar a atenção inicial de quem não conhece o material de origem. E está tendo sucesso nisso, por enquanto.


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Formato: TV 
Data de estreia: 08/07
Diretor: Satoshi Osedo
Estúdio: Manglobe
Gênero: Comédia / Harém / Romance
De onde saiu: Continuação das animações de 2010 e 2011, vindas de uma mangá com atuais 21 volumes.
Site oficial: Clique aqui

Terceira temporada do anime onde o protagonista Katsuragi Keima, com a ajuda da atrapalhada demônio Elsie, tem a missão de fazer garotas se apaixonarem por ele afim de liberta-las de demônios que as possuíram. Uma ótima comédia romântica cuja fórmula limitada e repetitiva estava perdendo força, até que no mangá se iniciou um arco que trouxe novo gás à história, e é a partir desse ponto que o anime seguirá.


Deixando muitos capítulos do original para trás, "Kami nomi zo Shiru Sekai: Megami-hen" cobrirá o "Goddess Arc", que começou a ser abordado no OVA de dois episódios lançado em 2012, "Kami nomi zo Shiru Sekai: Tenri-hen". No mangá, tal arco foi introduzido entre os capítulos 57 e 65, iniciado no 114 e finalizado no 189 - hoje ele se encontra na casa dos 230. A diferença dessa história para as anteriores é que Keima se vê diante de garotas "um pouquinho" mais difíceis de serem conquistadas, simplesmente porque elas estão possuídas por poderosas deusas, e não demônios. A grande maioria dos fãs considera essa parte da obra como a melhor até o momento.

O veterano Hideyuki Kurata continua na supervisão dos roteiros, algo que ele faz desde a primeira temporada; todavia, essa será a primeira série de TV de Satoshi Osedo, que só chegou a dirigir um OVA, o citado "Kami nomi zo Shiru Sekai: Tenri-hen".



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Formato: TV 
Data de estreia: 07/07
Diretor: Yuuji Kumazawa ("Oda Nobuna no Yabou")
Estúdio: Madhouse
Gênero: Fantasia / Suspense
De onde saiu: Light novel, 7 volumes, em andamento.
Site oficial: Clique aqui
Trailer: Clique aqui e aqui

"Este mundo alcançou seus limites". "Ele falhou".


Deus abandonou o mundo em um domingo, isso há quinze anos. Como consequência, ninguém pode morrer naturalmente ou ter filhos. Uma pequena garota, chamada Ai, é uma "Gravekeeper" (numa tradução literal seria algo como guardador de túmulos), espécie de ser que possui a capacidade de conferir o descanso eternos aos mortos - pois se alguém sofre algum incidente que o "mata", este continua vivendo, mas seu raciocínio vai se deteriorando com o tempo, chegando a uma hora em que ele deixa de ser a pessoa que era antes.

Numa pequena vila Ai preparou 47 covas à espera das eventuais mortes de cada habitante do local. Entretanto, um jovem que se identifica como Hampnie Hambart, o "Brinquedo Comedor de Homens" - nome que por coincidência é o que foi deixado por sua mãe como sendo o nome do pai que ela mal se lembra -, aparece na vila e mata todos os habitantes. A ingênua Ai não entende o que está acontecendo, e muito menos por que aquele que poderia ser seu pai faria tal coisa.

Vindo de uma light novel muito elogiada, Madhouse volta a ter destaque positivo em uma temporada com um anime tecnicamente caprichado, que traz em si uma premissa curiosa e confusa. Não pude ler o original, mas, depois de passar por três volumes da versão mangá, admito que, sim, saí com algumas respostas esclarecedoras, mas as perguntas permaneceram em um número bem maior... Mesclando um drama denso repleto de diálogos longos e pretensiosamente filosóficos no início, para em seguida dar brecha a um clima mais leve e engraçadinho, "Kamisama no Inai" vem com um par de protagonistas díspares; o misterioso e cruel Hambart (dublado por Daisuke Namikawa, seiyuu ótimo em papéis desse tipo) e a bobinha Ai formam uma simpática dupla, vagando em um mundo inóspito que esconde muitas verdades ansiosas por serem reveladas. Pelo que pude ler deu para perceber que, em um todo, o maior problema do enredo é justamente a sua demora para começar a se explicar - mas, claro, falo isso me baseando em algo que já é uma adaptação da light novel. Cria um bom suspense, mas talvez erra o "timing" certo para passar a diminui-lo.

Yuuji Kumazawa dirige sua segunda animação, mas na primeira, também pelo estúdio Madhouse, ele não deixou tanto a desejar. O visualmente primoroso "Oda Nobuna no Yabou" - outro que veio de uma light novel popular - foi bastante fiel (e bom) enquanto seguiu o original; contudo, a partir do momento em que passou a ter um enredo próprio, a qualidade despencou de maneira ridícula... Já o roteirista, Tomoko Konparu, é outro que respeita o quanto pode o material de origem durante a adaptação, o que pode ser comprovado em animes como "Kimi ni Todoke", "Nana" e "Nodame Cantabile". Em resumo, isso significa que enquanto não inventarem coisas aqui e ali, o anime será bom?

Pelo menos, não é mais Madhouse produzindo uma animação cujo protagonista usa uma câmera fotográfica para atrair garotas e tirar fotos delas...


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Formato: TV 
Data de estreia: 13/07
Diretor: Shigeyasu Yamauchi ("Casshern Sins")
Estúdio: Gonzo
Gênero: Drama / Romance / Slice-of-Life
De onde saiu: Mangá, 22 volumes, em andamento.
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Trailer: Clique aqui

Gonzo contando uma história de amor mais enrolada que sua situação financeira de anos atrás...


Eba Yuzuki, uma garota de Tóquio, se muda para uma cidade do interior afim de estudar na escola local. Sem ter onde ficar, ela passa a morar na casa de um amigo de seu pai, e lá conhece Kirishima Haruto, jovem introvertido que não concorda em ter uma estranha em sua casa. Outra garota, Kanzaki Nanami, é uma colega que Haruto gosta há muito tempo, e com Eba perto de si ele teme que Nanami e outros compreendam mal a situação...

Vindo de um longo mangá criado pelo mesmo autor do difamado Suzuka, Seo Kouji (ambos se passam em um mesmo universo, inclusive), "Kimi no Iru Machi" é aquele romance perfeito para se irritar com os vais e não vais de um triângulo amoroso embolado, no qual reinam coincidências absurdas, desencontros forçados e mal entendidos descerebrados. É o abuso descarado de inúmeros lugares-comuns, e não por menos muitos fãs se consideram masoquistas por aturarem um drama desses capítulo a capítulo... Praticamente igual ao que ocorria com "Suzuka".

É interessante como, pelo trailer, Haruto ficou com uma cara de "pegador" bonzão quando no mangá mesmo ele não tem uma aparência tão marcante, condizente com o seu comportamento estúpido e tapado no início da história... Pois é mesmo estressante ver uma garota da cidade grande aparecer do nada para morar na sua casa, o tratando com intimidade, pedindo para comprar calcinha junto com ela, andando pela casa em trajes curtos... E aí seu melhor amigo pensa que você gosta dela, a garota que você ama pensa igual e decide ajudá-lo, e para piorar Eba já estava planejando o mesmo contigo, só que para fazê-lo se aproximar da colega que gosta há tanto tempo, e... Meu Deus. Zoações à parte, "Kimi no Iru Machi" tem o mérito de avançar sua história, desenvolve de modo razoável seus personagens, mas haja paciência para presenciar tal avanço - isso quando tudo não é jogado fora volumes mais tarde, através de atos incoerentes e melodramáticos. Levando em consideração o tamanho do mangá hoje e independente do tamanho do anime, as chances de essa adaptação ser tão criticada quanto a de "Suzuka" em 2005 são altas, mas isso não deve interferir nos lucros quase garantidos do Gonzo...

Observação: Ano passado o estúdio Tatsunoko lançou os OVAs "Kimi no Iru Machi: Tasogare Kousaten", que não precisam ser vistos para poder começar a acompanhar a série de TV do Gonzo. Eles narram um trecho avançado do mangá, mostrando acontecimentos anteriores em flashbacks rápidos e resumidos.


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Formato: TV
Data de estreia: 08/06 (já estreou)
Diretor: Akira Iwanaga ("Tegami Bachi: Letter Bee")
Estúdio: Studio Pierrot
Gênero: Ação / Histórico
De onde saiu: Continuação da animação de 2012, vinda de um mangá com atuais 30 volumes.
Site oficial: Clique aqui

Continuação de "Kingdom", anime de 2012 que teve 38 episódios feitos com uma animação muito criticada, especialmente por conta do CG horrível... 
A direção mudou, agora com Akira Iwanaga no lugar do experiente Jun Kamiya, porém Naruhisa Arakawa segue na composição dos roteiros.

Curiosidade: em "Notas no MyAnimeList dos animes da temporada de Inverno 2013" a primeira temporada ficou em  10º lugar, dentre mais de sessenta animes.


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Formato: TV 
Data de estreia: 06/07
Diretor: Tensho 
Estúdio: Studio Gokumi
Gênero: Comédia / Slice-of-Life
De onde saiu: Mangá, 2 volumes, em andamento.
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Anime sobre a vida estudantil de uma garota avoada, uma certinha, uma piadista e uma loira vinda da Inglaterra, além de outras que aparecerão mais a frente. Fim.


Oomiya Shinobu, de 15 anos, passou um tempo na Inglaterra na casa da família de Alice. Uma vez de volta à sua terra natal, ela sente saudades de seu tempo no exterior, e com grande surpresa recebe uma carta de Alice lhe avisando que passará a morar no Japão e ficará em sua casa. Segue-se então o convívio dessas duas garotas de culturas tão diferentes, ao lado de outras amigas de Shinobu que Alice conhece.

Vindo de tirinhas 4-koma, vai ser aquilo: dependerá muito de quem estiver no comando dos roteiros para ser ou bom e dinâmico, ou uma chatice imensa com episódios sem fluidez. Yuniko Ayana será a responsável pela revisão dos mesmos, e, ironicamente, ela vem de muitos animes cujos roteiros são bastante criticados por serem um tanto "travados"... É alguém que sempre foi fiel ao trabalho original, sem fazer grandes mudanças; mas, no caso de um 4-koma, isso não seria algo bom.

Fora isso, o mangá é bem comum, mas muito bonitinho visualmente, as garotas são fofas e as piadas levemente engraçadinhas, abusando o quanto pode do choque cultural resultante da presença da lindinha Alice (que segue estritamente uma das leis básicas dos animes, a de que todo habitante da Inglaterra deve ser loiro...). É moe, é mais do mesmo, porém bem feito pelo menos - no mangá, por enquanto -, e é o Studio Gokumi apostando novamente em "slice-of-life" de menininhas estudantes - o primeiro foi "A-Channel", em 2011, que teve razoável sucesso. E com esse o êxito poderá até ser maior, apesar da saturação no gênero.


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Formato: TV 
Data de estreia: 05/07
Diretor: Hikaru sato
Estúdio: Nomad
Gênero: Comédia / Slice-of-Life
De onde saiu: Mangá, 2 volumes, em andamento.
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Mais um anime que lhe ensinará uma gíria japonesa que você nunca ouviu falar.

"Kitakubu" (literalmente, "Clube vai para casa") é uma expressão usada para denominar alunos que não se juntam a clubes, atividades esportivas ou outras tarefas estudantis após o término das aulas. Quando uma amiga de Natsuki lhe pergunta em qual clube vai entrar, ela responde usando essa gíria, querendo dizer que não entrará em nenhum. Entretanto, ela logo descobre que existe em sua escola um clube com exatamente esse nome, e Natsuki acaba se interessando e participando dele, conhecendo assim suas excêntricas integrantes, que vão desde uma menina riquíssima a uma exímia praticante de artes marciais, presididas pela despreocupada Sakura.

Uma história sobre um clube para garotas que não tem um clube. A rota sempre é diferente, mas o destino é o mesmo; meninas bonitinhas fazendo coisas bonitinhas. Publicado desde 2011 na revista online seinen "Gangan", "Kitakubu" foi anunciado em cima da hora e mal se tem teasers a seu respeito, seja trailer ou arte - as chances de ser um anime curto são altas. Pelo fato de ter uma equipe de produção desconhecida e por causa do difícil acesso ao trabalho original, acaba correndo por fora na disputa com os (vários) outros animes do subgênero na temporada. Chama a atenção pela premissa - tal gíria nem faz sentido para nós brasileiros -, mas de novidade não deve passar disso.



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Formato: TV 
Data de estreia: 05/07
Diretor: Masahiko Ohta ("Kotoura-san", "Mitsudomoe", "Yuru Yuri")
Estúdio: Dogakobo
Gênero: Comédia / Slice-of-Life
De onde saiu: Mangá, 7 volumes, em andamento.
Site oficial: Clique aqui
Trailer: Clique aqui

Dogakobo teve sucesso com "Yuruyuri"? Então porque não repetir a equipe de produção em um anime semelhante?


Masahiko Ohta volta a dirigir mais um anime sobre a rotina de garotinhas, o que é ótimo; contudo, "Love Lab", caso chegue a tal ponto do mangá, também terá uma pitada de romance no meio, o que não é lá boa coisa... Masahiko já deixou claro o quão ele se dá bem em animações "slice-of-life" onde são tratadas relações suaves entre seus personagens, sem uma trama que evolui - foram animes como "Mitsudomoe", "Minami-ke" e "Yuruyuri" que o fizeram ser popular. E também já deixou evidente sua fraqueza para histórias nas quais há um enredo que demanda um desenvolvimento - "Yoake Mae Yori Ruriiro na: Crescent Love" em 2006 e "Kotoura-san" esse ano confirmam isso. É, em suma, um excelente contador de "causos", de acontecimentos isolados, mas não o peça para narrar uma história maior, sequencial, porque ele ficará todo perdido...

Em "Love Lab" o cenário é a escola feminina Fugisaki Girls Academy, cujo conselho estudantil é conhecido por ser composto por alunas exemplares. A mais notável é Maki, presidente do conselho que é admirada por suas colegas devido ao seu jeito calmo e comportamento refinado. Kurahashi Riko é outra membro popular, mas graças à sua personalidade um tanto masculinizada.

Certo dia, Riko, acidentalmente, flagra Maki praticando beijos com uma almofada, descobrindo assim que ela não é exatamente como todo mundo pensa. Além de ser forçada a guardar segredo do que viu, Riko é obrigada a ajudar Maki em suas práticas amorosas, como segurar as mãos e muito mais.

Não só Masahiko Ohta está na direção, como Takashi Aoshima supervisionará os roteiros, Chiaki Nakajima cuidará do "character design" e Yasuhiro Misawa da trilha sonora. E daí? Todos eles estiveram nas mesmas funções em "Yuruyuri". E, se levar em conta o conteúdo levemente "shoujo-ai" do original (que é um mangá em tirinhas 4-koma), oras, Dogakobo quer realmente fazer o raio cair de novo no mesmo lugar. Garotinhas de visual lindinho, okay. Diretor, roteirista, e compositor companheiros de longa data experientes em tal subgênero, okay. Pela equipe reunida, "Love Lab" larga com muito mais chances de dar certo do que "Kiniro Mosaic"; basta não darem muita importância para a parte romântica do mangá que aparece mais a frente, senão correm o risco de desandar tudo... 


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Formato: TV (4 min. por episódio)
Data de estreia: 06/07
Diretor: Yoshito Nishouji
Estúdio: AIC Frontier
Gênero: Comédia
De onde saiu: Continuação de "Maji de Otaku na English (ONA)", de 2012.
Site oficial: Clique aqui

Continuação da série em ONA exibida no ano passado, que, enquanto mostra a protagonista Ribbon enfrentando problemas típicos de uma garota mágica com uma pitada de ironia ao próprio gênero, aproveita algumas situações para "ensinar" inglês - basicamente, certa cena é interrompida, aparece uma frase em inglês no meio da tela e esta é repetida várias vezes por uma professora e seus alunos. 

E olha que esse nem foi o primeiro anime a ter essa ideia...

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Formato: TV 
Data de estreia: 08/07
Diretor: Chiaki Kon ("Higurashi no Naku Koro Ni", "Junjou Romantica", "Nodame Cantabile: Paris")
Estúdio: Dogakobo
Gênero: Ação / Comédia / Fantasia
De onde saiu: Mangá, 6 volumes, em andamento.
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"Brothers Conflict" pegou para si quase todos os dubladores populares entre as mulheres, com o intuito de atrai-las... Já para "Makai Ouji" sobrou, "apenas", Fukuyama Jun... 


A trama é centrada em William, inteligente jovem descendente de uma antiga família aristocrata. Ao voltar para casa durante um feriado, ele descobre que os negócios de seu tio faliram, e, como era seu tutor, a renda de William deixada pelos pais também acabou se perdendo. Desesperado pela possibilidade de  ver o nome de sua família cair em desgraça, e, principalmente, por ter pouco tempo disponível para pagar as taxas do internato onde estuda, William procura pela mansão algo que possa ser vendido; nisso, ele e seu mordomo se deparam com uma misteriosa sala subterrânea, que tem desenhado no chão um selo mágico.

Sem querer, ele termina por invocar um demônio, chamado Dantalion, que lhe explica o porquê de estar ali; William, na realidade, tem o privilégio de escolher o próximo imperador temporário do Inferno, enquanto Lúcifer, o imperador eterno, se encontra em um descanso profundo. Há vários candidatos para essa posição, Dantalion é um deles, e esse e os demais demônios usarão de todo e qualquer meio necessário para conseguir a aprovação de William.

Nem que seja se passar por humanos no internato para vigia-lo de perto... 

Se "Brothers Conflict" tem uma construção para lá de questionável, o mangá de "Makai Ouji", pelo contrário, ostenta uma comédia decente (muito baseada no comportamento arrogante e cético do protagonista, William) e uma história.... Ah, uma história razoável, se levarmos em conta que, no fim, ela é um item secundário. Oh, seres do mundo inferior combatendo entre si para se tornar o próximo imperador temporário do Inferno; demônios impuros que no passado foram humanos terríveis  - alguns inspirados em nomes reais da História, como o monstruoso Gilles de Rais -; uma trama política (superficial) e cenas de ação (banais)... Tudo sombreado pelo desfile variado de bishounens, alguns voltados a um estilo mais masculino e outros a um visual e trejeitos delicados. Ou seja, são os "seme" e "uke" de praxe que as fujoshi adorarão abusar... Fukuyama Jun, a propósito, dublará um mordomo. Pronto, quantas mulheres já estão agendando esse anime para ver? 

A diretora Chiaki Kon conhece esse campo como a palma de suas mãos, tendo feito animações voltadas ao público feminino dos mais variados tipos; haréns reversos ("Arcana Famiglia" e "Hanasakeru Seishounen"), yaois ("Junjou Romantica" e "Sekaiichi Hatsukoi") e josei (a segunda e terceira temporadas de "Nodame Cantabile"). Já a equipe formada por mulheres Michiko Yokote tomará conta dos roteiros. Nessa disputa em busca da aprovação do público feminino mais fiel, o anime de Hinata e seus onze irmãozinhos gatões sai na frente por causa da grife do estúdio Brains Base e a divulgação de maior intensidade; porém, "Makai Ouji" tem plenas condições de deixa-lo para trás depois de alguns episódios, visto que seu plot e personagens são bem melhor construídos. No mínimo, isso seria o mais justo.


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Formato: TV 
Data de estreia: 07/07
Diretor: Akiyuki Shinbou ("Mahou Shoujo Madoka Magica", "Sasami-san@Ganbaranai", "Sayonara Zetsubou Sensei")
Estúdio: SHAFT
Gênero: Comédia / Romance
De onde saiu: Continuação de "Nisemonogatari", de 2012, que por sua vez tem outras duas animações como antecessoras, todas elas baseadas em uma série de light novels com atuais 14 volumes.
Site oficial: Clique aqui

Após a loucura excessiva de "Sasami-san@Ganbaranai", que em nenhum momento emplacou mesmo sendo exibida na fraquíssima temporada de inverno, SHAFT e Akiyuki Shinbou retomam a sua franquia de maior sucesso, "Monogatari", de Nisio Isin. Fuyashi Tou também voltará à supervisão de roteiros ao lado de Shinbou (fez isso em todas as outras animações de "Monogatari",) e Tomoyuki Itamura ressurge como diretor secundário, cargo que ocupou em "Nisemonogatari" e "Nekomonogatari (Black)".


Diferente das adaptações anteriores, essa nova temporada (que alguns sites intitulam como "Zenmonogatari", mas não pude achar fontes oficiais a respeito) terá seis meses de duração, ou 26 episódios, e abordará a light novel dos volumes 7 ao 12, que são: "Nekomongatari (White)", "Kabukimonogatari", "Hanamonogatari", "Otorimonogatari", "Onimonogatari" e "Koimonogatari". Após isso, ficarão faltando os quatro últimos volumes - já foi anunciado que a obra terminará com 16, ainda esse ano - e o terceiro, "Kizumonogatari", que há muito tempo vem sendo prometido como filme, mas, sempre é adiado. 

De qualquer forma, que venha outro hit absurdo de vendas, pois a desmotivada Sasami-san não deixou saudades e, para piorar, saiu sem pagar a conta...


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Formato: TV (2 min. por episódio)
Data de estreia: 09/07
Estúdio: DLE
Gênero: Comédia
De onde saiu: Animação original.
Site oficial: Clique aqui

Anime do experiente estúdio em flash DLE que conta a história dos "Kakusen", pequenas criaturas que vivem nos poros da pele de seres humanos. 





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Formato: TV (3 min. por episódio)
Data de estreia: 01/07
Diretor: 
Estúdio: Seven
Gênero: Comédia / Slice-of-Life
De onde saiu: Continuação das animações exibidas em 2012, adaptadas de um mangá com atuais 2 volumes.
Site oficial: Clique aqui

Terceira temporada de "Recorder to Randoseru", anime curto do estúdio Seven (que na verdade só produz séries de TV pequenas mesmo, tendo como a mais recente o tosquíssimo "Ai Mai Mi") que narra a vida dos irmãos Atsumi e Atsushi, com foco nas desventuras que este último enfrenta por conta de sua situação peculiar. 


Enquanto Atsumi é uma adolescente de 17 anos com apenas 1,37m de altura - dublada ainda por Kugimiya Rie, porém ela não é tsundere! -, Atsushi tem somente 12 anos, mas atinge altos 1,80m... Se Atsumi no máximo é tratada como uma criança por estranhos e não pode fazer isso ou aquilo por ser tão baixinha, Atsushi, por outro lado, coitado, frequentemente chega a ser confundido até como um molestador - pois é de se estranhar um homenzarrão agir de maneira tão íntima ao lado de uma criança no meio da rua, principalmente se ele diz frases suspeitas como "Eu só vou olhar, não faço mais nada"...

Uma amável relação entre dois irmãos, um humor leve repleto de maus entendidos; "Recorder to Randoseru" é de longe a melhor animação feita pelo estúdio Seven até então, apesar das piadas repetitivas, e com justiça alcança uma terceira temporada. Caso queira saber mais sobre tal anime, ele foi citado na matéria "Dez animes curtos de 2012".



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Formato: TV 
Data de estreia: 05/07
Diretor: Mamoru Hatakeyama ("Sankarea") 
Estúdio: Studio DEEN
Gênero: Ação / Comédia / Drama / Fantasia
De onde saiu: Mangá, 6 volumes, em andamento - que, por sua vez, é sequência direta de outro mangá, que teve 8 volumes e duas séries de TV.
Site oficial: Clique aqui
Trailer: Clique aqui

Cuidado, há um fanboy aqui!


Ainda se encontra um pouco obscuro quanto ao ponto inicial desse novo anime: se ele recontará toda a história a partir do primeiro mangá, ou, se já começará do segundo - pelo trailer,  a primeira opção parece a mais provável e óbvia, mesmo que muitos sites estejam relacionando a animação com o mangá atual.

"Rozen Maiden" teve duas séries de TV nos anos de 2004 e 2005, mais um OVA em 2006. Por conta da escassez do material de origem, logo na primeira temporada a história tomou um rumo diferente, e a segunda, intitulada "Rozen Maiden: Traumend", veio com um plot todo original e um final um tanto frustrante. Porém, dois anos depois, em 2007, o mangá também viria a decepcionar com um repentino desfecho "deus ex machina", causado por um possível desentendimento entre a editora e a dupla "Peach Pit" - duas garotas que já tiveram outras três obras suas animadas no auge de sua popularidade, "Zombie Loan", "Shugo Chara!" e "DearS".

A dupla mudou de editora e em 2008 passou a publicar um novo mangá com o mesmo nome, que tem início em um mundo alternativo onde o protagonista, Jun Sakurada, não teve contato com as bonecas "Rozen Maiden" quando adolescente, e agora adulto se vê recebendo estranhas mensagens no celular de alguém pedindo ajuda e dizendo ser seu "eu" passado. De qualquer modo, é um continuação dos eventos interrompidos no primeiro mangá.

Claro, vale dar uma esclarecida quanto à premissa do enredo: Sakurada Jun é um adolescente deveras antissocial, que, por motivos diversos, deixou de ir à escola e desde então fica recluso em casa. Com os pais sempre viajando e sendo cuidado pela irmã mais velha com quem mal fala, ele tem como seu único passatempo comprar pela internet objetos inúteis, que devolve antes de ser feito o pagamento. Em certo dia, Jun recebe de um site um aviso dizendo que ele foi "selecionado" entre milhares de pessoas no Japão para ganhar um prêmio; caso desejasse recebê-lo, bastaria assinar a palavra "Aceito" na ordem de pagamento e colocá-la dentro da segunda gaveta de sua escrivaninha. Ele o faz, apesar de não acreditar que vá acontecer algo.

Porém, o papel some, e no dia seguinte é entregue em sua casa uma grande mala, contendo dentro uma linda boneca. Jun dá corda nela, e esta se mexe, começa a andar, dá um tapa nele, reclama de como os humanos machos são rudes e se apresenta: chama-se Shinku, a quinta boneca de Rozen Maiden. Mais adiante, é explicada a situação; existem sete bonecas ao todo, criadas pelo Pai, conhecido apenas como um artesão chamado Rozen. Elas devem participar do "Jogo da Alice", se enfrentando, sendo que cada uma possui dentro de si uma "rosa mística", poder mágico que lhes concedem vida e que devem ser roubadas umas das outras. A última que permanecer viva, que obter todas as rosas místicas, se tornará a Alice: a boneca perfeita, mais pura e bela, que poderá se encontrar com o Pai, cujo rosto nunca foi visto por nenhuma delas. Mesmo a contragosto, Jun se torna o que Shinku chama de "médium", selando um contrato entre os dois, para que assim ela possa usufruir de seus poderes utilizando a energia espiritual dele.

Parece "serious business" demais com toda essa ideia de duelos, contudo logo se percebe que a trama tem uma inclinação maior para o "slice-of-life" e a comédia, mostrando a vida do fechado Jun se transformando com a chegada de uma boneca atrás da outra, desde a orgulhosa Shinku à infantil Hina Ichigo - sem esquecer, claro, a musa "desu desu" da internet Suiseiseki, bonequinha espevitada de imensa popularidade, só não maior que a da traumatizada "vilã" Suigintou. Ao menos no primeiro mangá e principalmente no anime com seu pobre enredo original, o tal "Jogo da Alice" fica um bom tempo em segundo plano, com esporádicas menções a ele. No fim, a graça de tudo isso está em suas pequeninas protagonistas, de personalidades variadas e marcantes.

Se o estúdio mudou e a equipe de produção também, os dubladores permanecem os mesmos e a trilha sonora continuará a cargo do Ali Project, cuja sonoridade (repetitiva, por sinal, é só ouvir as músicas delas em outros animes, como "Another" e "Code Geass") se encaixa muito bem com o clima gótico do anime. Pelo visto no trailer, a animação evoluiu? Lógico, as séries anteriores são de sete, oito anos atrás, criadas pela fraca Nomad, porém o Studio Deen traz novamente aquela coloração opaca e suave tão simples e irregular... E se o diretor, Mamoru Hatekeyama, dirigiu até hoje somente o mediano e capenga "Sankarea" (além de um OVA ordinário chamado "Campus"), o responsável pela supervisão dos roteiros, Tomomi Mochizuki, é pau para toda obra; já fez de tudo "atrás das câmeras", e em animes de qualidades igualmente diversas. Com ele é 8 ou 80, participou de tantas animações que fica difícil prever algo.

Mesmo para alguém que está escrevendo isso enquanto tem na sua frente um pôster da Shinku e outro da Suiseiseki pendurados na parede, as expectativas são baixas, seja por causa do estúdio ou por suspeitar que novamente deverão mudar muita coisa do original, dependendo do número de episódios previstos... De todo modo, no meu caso, compensará muito unicamente pelo carinho que tenho pelas personagens, e certamente esse deve ser o pensamento de vários outros fãs.


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Formato: TV 
Data de estreia: 05/07
Diretor: Keizou Kusakawa ("Dog Days", "Magical Girl Lyrical Nanoha A's")
Estúdio: Project No. 9
Gênero: Comédia / Ecchi / Esporte
De onde saiu: Continuação da animação de 2011, vinda de um mangá com atuais 12 volumes.
Site oficial: Clique aqui

Segunda temporada de "Ro-Kyu-Bu!", anime que finge ter uma história decente e ser de esporte, mas que não passa de um desfile grotesco de fanservice em cima de ingênuas garotinhas pré-adolescentes...


A história é sobre um time de basquete do fundamental que não possui técnico no momento, pois o último foi demitido sob suspeita de ser um "lolicon"... Subaru Hasegawa, um jovem que parou de praticar o esporte por conta de um incidente ocorrido no clube de sua escola, aceita treinar as garotas temporariamente; contudo, ao conhecer melhor a situação de cada uma, ele decide cuidar do time por mais tempo.

Keizou Kusakawa segue na direção (será o único com dois animes na temporada, o outro é "Genei wo Kakeru Taiyou"), mas dessa vez Michiko Yokote ("Genshiken", Joshiraku", "Senyuu.", "XXXHolic") supervisionará os roteiros.


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Formato: TV 
Data de estreia: 05/07
Diretor: Katsumi Ono ("Hataraki Man, "Yu-Gi-Oh! 5Ds")
Estúdio: Satelight
Gênero: Ação / Música / Sci-fi
De onde saiu: Continuação de uma animação original de 2012, que teve um mangá lançado ao mesmo tempo.
Site oficial: Clique aqui
Trailer: Clique aqui

Continuação de "Senki Zesshou Symphogear", anime de 2012 que contava a história de idols que, basicamente, usavam a música como arma para derrotar alienígenas. É sério. Em relação a venda de mídias a primeira temporada nem chegou a atingir números altos; mas, em compensação, as personagens e as músicas se tornaram muito populares entre o público mais hardcore.


O roteirista segue o mesmo, Akufumi Kaneko, mas na direção Tatsufumi Itou será substituído por Katsumi Ono, que na primeira temporada dirigiu dois episódios.



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Formato: TV (5 min. por episódio)
Data de estreia: 03/07
Diretor: Yutaka Yamamoto ("Fractale", "Kannagi: Crazy Shrine Maidens")
Estúdio: Ordet
Gênero: Ação / Aventura / Comédia / Fantasia
De onde saiu: Continuação de "Senyuu." (2013), animação originária de um webcomic.
Site oficial: Clique aqui

Segunda temporada de "Senyuu.", anime com episódios de cinco minutos cada que foi exibido na temporada de inverno desse ano. Baseado em uma webcomic que depois passou a ser serializada na Jump Square, a história se passa em uma terra fantástica onde um poderoso demônio se liberta depois de mil anos. Para combatê-lo, o rei decreta que os descendentes do herói que selou essa criatura devem derrota-lo novamente, e assim 75 pessoas se apresentam como tais. O anime segue a jornada do Herói número 45, Alba, e um guerreiro do palácio real incumbido de monitorá-lo, Ross.


O polêmico Yutaka Yamamoto (demitido da direção de "Lucky Star" após apenas quatro episódios muito mal falados, o que o fez sair brigado do Kyoto Animation e criar seu próprio estúdio em 2008, o Ordet), continua como diretor, permanecendo Michiko Yokote na roteirização - sim, se você pesquisar a página verá que ela(s) tratará(ão) dos roteiros de quatro animes diferentes nessa temporada. Enredo aqui é o de menos; o que se viu na primeira temporada foi uma sucessão de eventos aleatórios e piadinhas ácidas e satíricas, contadas em um ritmo frenético e narradas por um narrador tão preguiçoso que nos últimos episódios nem se importava mais em fazer seu trabalho corretamente... O desfecho foi uma verdadeira bagunça, com um amontoado de personagens sem rumo e várias "revelações" vindo à tona, e esses novos treze episódios servirão para arrumar e atar todas as pontas soltas... Ou não. Mas, quem se importa com isso?


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Formato: TV 
Data de estreia: 05/07
Diretor: Yasutaka Yamamoto ("Mondaiji-tachi ga Isekai kara Kuru Sou Desu Yo?", "Shinryaku!? Ika Musume")
Estúdio: A-1 Pictures
Gênero: Comédia / Slice-of-Life
De onde saiu: Mangá, 2 volumes, em andamento.
Site oficial: Clique aqui
Trailer: Clique aqui (curtas especiais legendados em inglês: 1, 2, 3, 4, 5 e 6)

Mais uma história na qual o ambiente é um local de trabalho onde os personagens fazem de tudo, menos trabalhar.


A mangaká Karino Takatsu conhece bem esse estilo; sua primeira obra, "Working!!" (ainda em publicação, sendo que teve um anime de duas temporadas), mostrava a rotina nada comum de funcionários nem um pouco normais de um restaurante familiar. Uma garota androfóbica, uma menina baixinha com aparência de criança, uma jovem que carrega consigo uma katana o tempo inteiro, um protagonista que não vê graça em nada que tenha mais de doze anos (traduz-se: lolicon)... Enfim, um elenco bizarro, que se baseava muito em diálogos rápidos e piadas pouco apelativas. Vindo de tirinhas 4-koma, "Servant x Service" abandona os bastidores da cozinha de um restaurante para narrar a vida de um grupo de servidores públicos. Ou seja, nem precisaria ser um anime de comédia para o trabalho ficar em segundo plano...

Igual a "Working!!", a história se passará em Hokkaido, e acompanhará a vida de alguns membros novatos da prefeitura da cidade, que cuidam da divisão de saúde e bem estar. O estúdio A-1 Pictures é mais uma vez o produtor da adaptação de uma obra de Takatsu, o que já garante um visual bastante colorido e agradável, condizente com o tipo de humor presente em seus trabalhos - e, olha só, por se tratar de simples tirinhas o A-1 Pictures nem terá chance de detonar com o plot original, que nem fez em várias de suas últimas animações... Boa recomendação para dar uma escapada dos habituais e numerosos animes colegiais.



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Formato: TV 
Data de estreia: 05/07
Diretor: Masayoshi Kawajiri
Estúdio: GAINAX
Gênero: Ação / Comédia
De onde saiu: Mangá, 1 volume, em andamento.
Site oficial: Clique aqui
Trailer: Clique aqui

Após a personificação de armas em menininhas e garotas dirigindo tanques como esporte, ver agora estudantes colegiais praticando airsoft nem surpreende...


Yura Yamato mal chega na escola feminina Stella Women's Academy e é convidada por sua colega de quarto, Sonora Kishima, a fazer parte de um clube intitulado "C³", da qual ela é líder. Yura logo descobre que esse é um clube praticante de "airsoft", que tem ainda como membros as secundaristas Karila Hatsuse e Honoka Mutsu, mais as novatas Rento Kirishima e Yachiyo Hinata.

Gainax está devendo há um bom tempo quanto a séries de TV; "Gurren Lagann" vai longe, e com boa vontade pode-se até levar em conta "Panty & Stocking with Garterbelt". Mas no meio desses há "Medaka Box", "Dantalian no Shoka", "Shikabane Hime"... E "Stella Jogakuin" e suas protagonistas que simulam confrontos com arminhas de pressão soa interessante e divertido, especialmente se não for tão gratuito e descerebrado quanto um certo "Upotte!", mas continua sendo a GAINAX em um nível muito abaixo do que já alcançou... Ou pelo menos, é o que parece, porque do material original tem-se pouquíssima coisa, e o único trailer por enquanto (quem mais sentiu um feeling de "Cowboy Bebop" ao vê-lo?) não revela nada. Quem sabe vem aí uma surpresa tão boa quanto "Girls und Panzer", com a vantagem de ter um orçamento maior...



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Data de estreia: 03/07
Diretor: Junichi Sato ("Aria the Animation", "Kaleido Star", "One Off")
Estúdio: TYO Animations
Gênero: Comédia / Slice-of-Life
De onde saiu: Continuação de "Tamayura: Hitotose", de 2011.
Site oficial: Clique aqui
Trailer: Clique aqui

O subtítulo mais incoerente da temporada?

Segunda temporada de "Tamayura", que teve início em 2010 com um OVA de 4 episódios e em seguida obteve uma série de TV um ano depois - há ainda uma versão em mangá, lançada em conjunto com os OVAs.

O dia-a-dia de quatro estudantes colegiais numa tranquila cidade a beira-mar, com destaque para a protagonista Fuu Sawatari, garota que adora tirar fotografias. Tal anime "iyashikei" foi feito simplesmente por Junichi Sato, diretor de toda a franquia de "Aria the Animation", o ápice do subgênero na área da animação. É lento, é vagaroso, é muitas vezes monótono e a comédia não é seu forte e tampouco seu foco; porém, é perfeito para quem quiser apenas relaxar vendo personagens bonitinhas conversando sobre banalidades em um ambiente tranquilo e aconchegante, tendo ao fundo uma harmoniosa trilha sonora composta, em sua maioria, por violino e piano. Não é Junichi em seu auge, contudo ainda é um bando gracioso de personagens se encantando e tirando proveito de cada mínimo ato de suas vidinhas.

E é justamente por isso que não faz sentido algum esse "Agressive" no título...



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Formato: TV (3 min. por episódio)
Data de estreia: 07/07
Diretor: Shin Itagaki ("Basquash!", "Ben-To", "Black Cat", "Devil May Cry")
Estúdio: MAPPA
Gênero: Comédia / Esporte
De onde saiu: Continuação do anime de 2012, que é baseado em um mangá com atuais 3 volumes.
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Segunda temporada de "Teekyuu", anime com episódios de três minutos cada que foi exibido em 2012, e que mostra de maneira insana o dia-a-dia de quatro garotas membros de um clube de tênis. 


Claro, presenciamos mais elas conversando bobagens do que fazendo qualquer partida, mas, não espere por um quarteto de meninas puras e inocentes; "Teekyuu" traz em si um humor apelativo em cima de personagens pervertidas, abusando de piadinhas sujas e imorais. Caso queira saber mais sobre tal anime, ele foi citado na matéria "Dez animes curtos de 2012".





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Formato: ONA 
Data de estreia: ??/08
Estúdio: Gonzo
De onde saiu: Animação original.
Site oficial: Clique aqui

Bate-papo entre animais dublados por drag queens. Viva o Gonzo!


Em sua terceira e última animação dessa temporada o estúdio Gonzo traz um ONA de curtas em CG que se passa no segundo distrito de Savannah, local onde animais divas se reúnem na calada da noite para desfiar poemas sobre tópicos que transcendem o gênero. Olha só, é anime cult...

E se você em algum momento achou estranho não ver seiyuus abertamente homossexuais ou simpatizantes nessa indústria tããão conservadora, apenas mocinhas virginais e galãs que possuem milhares de fãs, mas nunca são flagrados saindo com alguém, "The Midnight Animals" vem para quebrar esse tabu. O trio musical de drag queens Hoshikuzu Scat dublará o elenco principal de animais, em companhia do artista assumidamente gay Kaba-chan (que já foi dublador em algumas animações) e outra drag queen, Bubreena.

Pois é, os animais estão à solta! Mais uma vez, parabéns Gonzo por sempre vir com algo inesperado.

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Formato: ONA (5 min. por episódio)
Data de estreia: 18/06
Estúdio: Comix Wave
Gênero: Comédia / Slice-of-Life
De onde saiu: Animação original.

Animações curtas de baixo orçamento têm uma quedinha por grupos de garotas um tanto, digamos, "não tão recatadas". Claro, ainda se achará garotas fofas no meio, sim, mas não naquela supremacia vista em obras de tamanho normal.

Pelos dois episódios exibidos até então (vantagem de falar sobre algo que já começou, não preciso especular muito) "Turning Girls" mostra a vida de quatro mulheres não mais estudando, mas sim passando por aquela fase adulta decisiva onde escolhas erradas não são mais assim tão fáceis de serem corrigidas. Em resumo, a bendita faixa dos trinta anos batendo à porta, exigindo uma vida estável e madura.

Então, isso é um drama, tipo um "Otona Joshi no Anime Time"? De forma alguma.

Com uma animação em flash que mal tem movimentos, "Turning Girls" traz um humor sujo e escrachado, junto a uma dublagem propositadamente ruim. No primeiro episódio as quatro protagonistas participam de um encontro às cegas, tendo destaque a chatíssima garota de quase trinta anos que se comporta e pensa ser uma idol, mas não passa de uma garçonete que todos acham insuportável e que ainda sonha em se tornar famosa. No episódio seguinte, é a vez de outra futura trintona, fujoshi, mostrar o quão sua mente é poluída e pervertida, ao qualquer cena de seu tedioso trabalho de escritório lhe render delírios absurdos sobre homossexualismo (o dos copos frio e quente foi o ápice!). É babaca, é retardado, e reflexões sérias sobre a vida passam longe, mas acaba arrancando algumas risadas de tão tosco que é.

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Formato: TV 
Data de estreia: 07/07
Diretor: Masayoki Yoshihara ("Mai no Mahou to Katie no Hi")
Estúdio: P.A. Works
Gênero: Comédia / Fantasia
De onde saiu: Novel.
Site oficial: Clique aqui
Trailer: Clique aqui

Em Kyoto existem três tipos de moradores: humanos, cães-guaxinins e tengus. Shimogamo Yasaburou é o terceiro filho da família de cães-guaxinins Shimogamo. Seu pai, Souichirou, era o líder da comunidade de sua espécie em Kyoto até ser devorado pelos membros humanos do "Friday Club". Enquanto toma conta de um velho tengu e luta com outros cães-guaxinins, Yasaburou se aproxima da verdade por trás da morte de seu pai.

P.A. Works abandona seu "character design" delicado que vinha se tornando característico e, após um "Red Data Girl" morno, quase gélido, traz nessa temporada uma animação com visual diferente, mas conhecido. Kumeta Kouji, autor de "Sayonara Zetsubou Sensei" e "Joshiraku" (animes adaptados por SHAFT e J.C. Staff, respectivamente), é o criador do traços do elenco de "Uchouten Kazoku", sendo esta a primeira vez que ele atua em uma produção não baseada em um de seus mangás.

E esse seu traço simplesinho e "orelhudo" bate muito com o visto em "Youjouhan Shinwa Taikei", série de 2010 que, assim como "Uchouten Kazoku", vem de um romance escrito por Tomihiko Morimi. Pelo conteúdo da primeira adaptação de um livro seu e levando em conta a premissa dessa, dá para esperar novamente uma história fantástica ligada a uma considerável carga de comédia dramática e adulta - a diferença é que aqui parece que veremos conflitos familiares ao invés de desesperos amorosos envolvendo viagens no tempo. Assemelhando-se mais a um filme do que a uma série de TV, P.A. Works mudou o visual, mas não desandou na qualidade técnica igual fez em um certo "Tari Tari"; ainda que não haja todo aquele detalhamento nos cenários e personagens, ao menos o trailer mostra uma fluidez estável para tantos movimentos e efeitos.

A questão, para variar, ficará de novo quanto à capacidade do estúdio em fazer um trabalho consistente em relação ao roteiro, sem se perder no meio do caminho como é costume seu. O diretor Masayuki Yoshihara dirige sua terceira animação no P.A. Works, mas as anteriores foram curtas de 30 minutos cada - uma delas, aliás, trata de laços familiares, "Mai no Mahou to Katei no Hi". Já Ryou Higaki, roteirista, fez a mesma função em "Another" (ferrou!), e Shoutarou Suga, também roteirista aqui além de supervisor dos mesmos, realizou tal função em "Rinne no Lagrange" e "Yahari Ore no Seishun", anime da temporada atual que tem sido um pouco criticado pela maneira que está resumindo e adaptando a obra de origem...

Vindo do livro premiado de um escritor tão bom, a inexperiência do diretor ou as não boas experiências dos roteiristas podem, no fim, não significar nada, mas nunca subestime a capacidade do P.A. Works em estragar tudo!


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Formato: TV 
Data de estreia: 09/07
Diretor: Shin Oonuma ("Baka to Test to Shoukanjuu" "ef: a tale of memories", "Tasogare Otome x Amnesia")
Estúdio: Silver Link
Gênero: Comédia / Slice-of-Life
De onde saiu: Mangá, 3 volumes, em andamento.
Site oficial: Clique aqui
Trailer: Clique aqui

Kuroki Tomoko é uma pessoa extremamente popular e experiente no amor, tendo namorado mais de cem rapazes... no mundo dos otome games. Na vida real, ela não é nada além de uma garota de quinze anos reclusa e otaku que, contudo, imagina ser mesmo popular, idealizando assim uma vida escolar maravilhosa no ensino médio que está para começar.

Mas algumas semanas sem criar amizades nem receber declarações dos garotos lhe faz duvidar de sua suposta popularidade; e isso piora quando Tomoko, após muito tempo, se examina na frente de um espelho, percebendo o quão sua aparência está desleixada. Desse ponto em diante, serão acompanhadas as tentativas às vezes muito equivocadas, às vezes altamente absurdas, mas sempre hilárias, de Tomoko para conseguir se tornar alguém mais sociável e atraente, enquanto enfrenta o nada colorido ensino médio.

E eis "Watashi ga Motenai" (ou como é mais conhecido em inglês, "It's Not My Fault That I'm Not Popular!"), mangá online de imensa popularidade, cuja protagonista baixinha é endeusada pelos otakus extremistas - um fator importante para o êxito financeiro da animação. Shin Oonuma como diretor traz desconfiança; seus trabalhos geralmente são muito instáveis na narração e efeitos visuais, beirando quase o mau gosto em diversos momentos - e claro que digo isso apontando o dedo para "Ef" e, principalmente, "Tasogare Otome x Amnesia". Já em comédias ele não chega a inventar tanto, e "Watashi ga Motenai", no final, terá como maior desafio para ele e seu roteirista, Takao Yoshioka, ("Elfen Lied", "Working!! 2") o fato de seu mangá possuir capítulos curtíssimos e uma trama que demora um longo tempo para começar a esboçar um desenvolvimento, um avanço. Por mais carismática que seja a protagonista, e por melhor que seja o humor, o anime corre o risco de cair em um enorme marasmo caso a direção careça de criatividade e bom senso na adaptação.

Ignorando essas especulações quanto à montagem do anime em si, a antissocial Tomoko tem tudo para se destacar nessa temporada; afinal, estamos nos referindo a uma garota que consegue ficar 43 dias sem falar com ninguém de sua sala! Trocar palavras com o sexo oposto então? Fez isso seis vezes nos últimos três anos, um número altíssimo. Receber um "oi" já lhe é considerado conversar, dar um "tchau" lhe exige uma coragem descomunal... E, mesmo que jogos e doujins BL, animes e derivados tenham preenchido sua mentezinha com altas dosagens de perversão, essa criatura esbanja ingenuidade quando se trata de boas maneiras e convívio social - porque achar que se comportando como uma "kuudere" de anime lhe fará ter mais amigos, ou jogar um "eroge" sem parar lhe deixará mais bonita, está longe de ser um raciocínio correto e lógico. Em suma, suas tentativas frustradas são hilárias, suas reações frente a um novo fracasso são cômicas e inusitadas; mas, obviamente, não deixam de ter uma pontinha de tristeza no meio ao vermos o quão, à sua maneira, uma menininha tão deslocada se esforça para conseguir nem ser popular e adorada como seus delírios indicam, mas sim ao menos ter condições de um dia falar normalmente com estranhos e fazer amizades. É um humor doloroso, e, mesmo que retratado de maneira exagerada, não será difícil para muitos que tiveram uma fase complicada na adolescência se identificar com uma ou outra, ou várias, situações vividas por ela.

No trailer é notável como a novata Izumi Kitta deu à Tomoko uma vozinha tão infatilizada e esquisitinha, um tanto rouca, que combina com sua personalidade - e nem a letra da desafinada OP apresentada dispensa algumas zoações e sarcasmos a respeito da protagonista. "Watashi ga Motenai" tem potencial, promete ser um dos destaques dessa temporada, desde que seus produtores compreendam que não bastará apenas "copiar e colar" o conteúdo do mangá.





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Formato: TV (6 min. por episódio)
Data de estreia: 14/07
Diretor: Tomoya Takashima
Estúdio: ILCA
Gênero: Terror
De onde saiu: Animação original.
Site oficial: Clique aqui

Curtas de 6 minutos que contarão histórias de terror baseadas em lendas urbanas do Japão, usando como estilo de animação uma técnica semelhante ao kamishibai - tipo de narrativa que ocorria em ruas e templos, através de uma máquina que passava, horizontalmente, pergaminhos com textos e imagens.

No anime, o resultado disso é uma animação barata feita toda em recortes, onde, contudo, o gênero "Terror" realmente se mostra presente - digo isso me baseando somente no primeiro episódio (exibido no mesmo dia em que adiciono esse título), no qual um homem se muda para uma nova casa e tem como vizinha uma mulher misteriosa. A pouca duração, ao menos aqui, se mostrou vantajosa na hora de narrar sem rodeios uma história que consegue dar um pequeno sustinho e causar surpresa no final.

Concorrente a melhor anime de terror da temporada, certeza! 


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Formato: TV 
Data de estreia: 14/06 (já estreou)
Diretor: Aya Otawa
Estúdio: Shirogumi
Gênero: Comédia / Slice-of-Life
De onde saiu: Animação original.
Site oficial: Clique aqui

Anime infantil que tem a participação da Disney e do qual há poucas informações a respeito. São as aventuras de um garoto que sonha em se tornar um jogador de futebol?


Um dado interessante é que esse menino seria o Yuto Nagamoto, atleta japonês que atualmente joga pela Internazionale, time da Itália. Ele ainda é o supervisor da animação.




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TOTAL:

42 estreias / 1 reestreia
16 continuações e spin-offs
12 novas adaptações de mangás
animações originais (1 é reestreia)
novas adaptações de novels
novas adaptações de light novels
novas adaptações de jogos (PS3:1; PSP:1)


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Animações mais esperadas pela comunidade do MyAnimeList (de acordo com o total de usuários que já adicionaram cada anime às suas listas) (números do dia 16/06):

 High School DxD New - 13,103
2º Blood Lad - 11,885
3º Kami nomi zo Shiru Sekai: Megami-hen- 10,525
4º Free! - 9,723
5º Monogatari Series: Second Season - 9,295
6º Danganronpa: Kibou no Gakuen to... - 8,906
7º Watashi ga Motenai no wa Dou Kangaetemo... - 6,287
8º Fate/kaleid liner Prisma Illya - 5,291
9º Kamisama no Inai Nichiyoubi - 4,385
10º Choujigen Game Neptune: The Animation - 4,313

...

Meu perfil no MyAnimeList, com indicações semanais de matérias diversas sobre o mundo otaku feitas por este e outros sites;



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3 comentários:

  1. Kamisama no Inai Nichiyoubi é o que mais torço para que saia algo bom, fora a expectativa com o Kami nomi zo shiru sekai.

    De qlqr forma to ansioso tbm pelos da gonzo pq mesmo que saia umas drogas ainda tem aquele toque diferente de piracicaba97.

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  2. Não tá ruim não...
    Minha maior expectativa dos que estão nessa lista aí fica para Monogatari Series: Second Season, sem dúvida uma de minhas franquias preferidas.

    Uns 5 ou 6 são acompanháveis, o resto vou fingir que não ví.

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  3. Comparando com os animes, da temporada passada essa ta muito fracá mais tem uns que salva tipo:
    High School DxD New, Kamisama no Inai Nichiyoubi, Blood Lad , Danganronpa: Kibou no Gakuen to Zetsubou no Koukousei - The Animation.
    E talvez Servant x Service, e Monogatari Series: Second Season(Não vi a 1 temporada então eu passo).
    To vendo esses de cima.

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