25 de junho de 2015

Resenha: Cardfight!! Vanguard


Será que animes parecidos podem oferecer algo a mais e te surpreender: quando assistimos muitos animes, chega o ponto de acompanhar séries parecidas com outras que foram pioneiras na estética? Isto pode mesmo acontecer. Esta série é uma das que seguiu o estilo que consagrou “Yu-Gi-Oh! Duel Monsters”, ou seja, temos uma com a temática jogo de cartas e até aí, nada de mais. Na boa, depois de “Pokemon”, este foi o anime que teve vários filhotes e a maioria são destinados ao público infantil.
Cardfight! Vanguard” se destaca por ser mais um destes filhotes, no entanto, os mais atentos vão perceber que a série não fica abusando de ser mais uma cópia e o protagonista não é nenhum Yugi Mutou - mesmo que tenha um Seto Kaiba da vida, objetivo principal do protagonista que sonha em ter a luta dos sonhos com este. Não vou estragar mais as coisas e a maior surpresa foi que o protagonista possui dois detalhes em comum com outro personagem de um anime de ciclismo: os cabelos azuis e o dublador. Vai entender esta coincidência...

**********


Ano: 2011
Diretor: Hatsuki Tsuji
Estúdio: TMS Entertaiment
Episódios: 65
Gênero: Aventura / Comédia
De onde saiu: Jogo de cartas


Por Escritora Otaku


Muitas vezes quando uma ideia funciona é possível que hajam os que querem expandir isso, criando coisas semelhantes: literatura, games, seriados, animações e afins usam e abusam disto, uns dando certo e outros sendo esquecidos e até mesmo ignorados aos que acompanham. No mundo da animação isso é tão lugar comum que o espectador pergunta se não é possível haver algo original, então, fica a pergunta: pode uma obra que já tenha tido repercussão obter algo a mais, sem soar uma mera cópia?

Esta deve ser a pergunta ao se falar de “Cardfight! Vanguard”, mais um anime que seguiu a tendência dos jogos de cartas (card games) que teve começo com outro anime bem conhecido do público: sim, estamos falando de “Yu-Gi-Oh! Duel Monsters”, que trouxe tal contexto para muita gente, seja quem conhece ou não os jogos de cartas. Depois que Yugi e companhia conquistaram as nossas atenções, muitas animações seguiram esta tendência, umas de forma bem direta e outras nem tanto. A maioria é destinada ao público infantil nipônico onde o ponto de continuar depende das vendas de brinquedos e cartas: o marketing pegando e feio nestas horas, se parar pra pensar.

A série também seguiu este ponto, pois antes dos animes, o card game do mesmo foi comercializado, mas, pra conseguir mais atenção, o anime serviu pra isso. Não tem como negar, por mais que uns defendam que não, acontece e ponto final! Ocidentalmente, muitos dos animes que conhecemos passaram por isso, o caso mais lembrado é “Pokémon”, que com os games e suas quinquilharias ainda tem forças apesar do anime servir como divulgação dos jogos.

E quem teve a ideia de criar a série? Juntamos duas pessoas (Akira Ito e Satoshi Nakamura) e uma empresa, a Bushiroad e mais um estúdio de animação, no caso a TMS Entertaiment: estes são os responsáveis em lançar a série e suas continuações, como também do jogo de cartas do mesmo nome e de mangás que trazem a estética da história em si. Com esta salada de frutas, a franquia teve início em 2011 e segue até hoje - para uma noção básica, a mesma passou por três fases nestes anos todos: a primeira que engloba a resenha e mais três temporadas, “Asian Circuit Hen”/ “Link Joker Hen”/ “Legion Mate-hen” que formam o primeiro ciclo da franquia; o segundo ciclo, com novos personagens, “Cardfight!! Vanguard G”, que teve mais quatro temporadas; e, atualmente, temos uma releitura do primeiro ciclo da franquia, mais calcada no mangá, “Cardfight!! Vanguard (2018)”. 

Se já estamos mais entendidos, vamos a história em si: o protagonista da série é Sendou Aichi, um rapaz que quando mais novo era espancado pelos outros garotos, até o dia que um garoto mais velho diz pra seguir em frente e entrega uma carta Vanguard, a do Blaster Blade (um guerreiro de armadura branca futurista) pra ter mais coragem a encarar a vida. Anos depois, Aichi tem a carta pega por um dos seus colegas de sala e para na Card Capital, loja que o pessoal pode comprar cartas Vanguard e participar de duelos do mesmo. Pra reaver a carta, o protagonista topa com o mesmo garoto que dera o Blaster Blade, Kai Toshiki, e ambos disputam uma partida. Mesmo perdendo, Aichi consegue reaver a carta e decide se tornar mais forte pra poder batalhar um dia com Kai.


A série mostra Aichi e outros jogadores de Vanguard disputando batalhas, sejam amigos, sejam rivais, até a competição nacional do card game. O começo do anime não é dos melhores, no entanto, quando menos se espera a história e as lutas ficam mais interessantes e acabamos torcendo pelo desempenho do elenco apresentado. Seus personagens são bem clichês e quem aguentar o Aichi chamando o Kai toda santa vez ganha um pirulito virtual... Em “Cardfight! Vanguard” o jogo de cartas tem características bem únicas, sendo a principal o jogador usar um deck específico e sua estrutura lembrar os games de RPG e de MMORPGs: de resto, não tem como não comparar com card games mais conhecidos – “Pokémon” e “Yu-Gi-Oh!” usam este recurso à exaustão – com valores de ataques, defesas e efeitos.

Animação padrão, com destaque para as lutas de Vanguard, onde somos jogados a um embate dos decks dos personagens, sejam dos principais ou dos secundários; comédia típica neste tipo de série e vemos a evolução dos jogadores, com novas cartas e estratégias mais arriscadas; dublagem sem grandes destaques, os timbres usados são bem comuns e demora um bocado pro anime abalar a quem acompanha. O destaque fica para os temas de abertura “Vanguard” e “Believe in My Existence” cantadas pelo JAM Project, sendo a primeira com um toque bem acelerado que traz o nome da série enquanto a segunda é mais tranquila e de tom mais sensível, sem perder o tom acelerado da anterior: ambas retratam as fases que a série teve durante seus episódios.


Entre tantos animes que usam a temática do jogo de cartas, “CardFight! Vanguard” consegue se sobressair e garantir uns bons momentos de diversão e embates bem bacanas. Os que buscam um anime deste estilo, a recomendação não vai te decepcionar e se quiser continuar assistindo, siga a ordem dada de exibição e tenha um bom proveito!



*****

Comente com o Facebook:

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Copyright © 2016 Animecote , Todos os direitos reservados.
Design por INS