20 de abril de 2016

Resenha: Hanasakeru Seishounen




Por Escritora Otaku

Em minha procura incessante por animes pra assistir, topo em um site que tinha esta série e a sinopse proposta acaba me interessando; gravei e fui assistindo, não esperando grande coisa, e não é que me surpreendo com a sua história, personagens e ambientação suntuosa? Porque não é todo dia que acompanho gente rica e com grana ter também os seus problemas, misturados com romance, amadurecimento e política.

Conforme acompanhava os personagens da trama, mais surpresa ficava e tentava entender o que os aguardava. E passada fiquei por saber que se trata de um shoujo, tão diferente dos habituais, então, 39 episódios depois, boto esta série entre os melhores shoujos que pude acompanhar com afinco. Apenas um fator meio que estragou a surpresa final: quem conferir o segundo clipe de abertura da série verá o que seria o fim, porém isso não perdeu a magia que “Hanasakeru Seishounen” fez comigo. Acompanhem e vão entender que até quem é podre de rico tem seus dilemas pra resolver...


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Ano: 2009
Diretor: Chiaki Kon (epis. 01-23) / Hajime Kamegaki (epis. 24-39) 
Estúdio: Studio Pierrot
Episódios: 39
Gênero: Comédia / Romance / Drama
De onde saiu: Mangá, 12 volumes, finalizado


Quase todos nós temos a curiosidade de saber como vivem os ricos e famosos, saber se eles são gente como a gente e como chegaram ao ponto do qual se consagraram. Não muito diferente quando tentamos entender como certos animes, mangás, seriados, games, quadrinhos e outras mídias fascinam até hoje. Conhecer por trás dos bastidores da fama é uma faca de dois gumes: o lado do glamour, da atenção e da beleza física ou mental que encanta; por outro lado, a falta de privacidade, de querer sair por aí sem ser vista por paparazzis, ou qualquer problema simples se tornar um verdadeiro dramalhão mexicano.

Só assim pra entender um pouco dos aspectos que apresentam “Hanasakeru Seishounen”, de que gente assim também tem os seus problemas. Uma obra shoujo, saindo da mente da mangaká Natsumi Itsuki que foi publicado na revista LALA nos anos de 1987 a 1994, rendendo 12 volumes encadernados. Apesar de conter características típicas da demografia, tem seus diferenciais e um traço muito bonito e personagens que saíram dos sonhos de muitas garotas.


Kajika, nossa protagonista, é uma garota que passou boa parte de sua vida em uma ilha tropical; tem personalidade forte e independente e, antes de sair de lá, tinha a companhia de criados nativos, de um leopardo branco (seu primeiro amor, acredite...) e de um amigo, seu protetor, Li Ren. Depois de uma passagem relâmpago no Japão, ela é chamada para os Estados Unidos por seu pai, o multimilionário Harry Burnsworths. Esse propõe um jogo para a filha: três candidatos escolhidos por ele -  todos muito bonitos por sinal - farão o papel de convencer Kajika a se casar, cabendo a ela essa decisão, que poderá fazê-la herdar ou não a fortuna da família. Bem, até aí parece ser um típico jogo de interesses e tramoias, ao menos, no começo...


Pra não facilitar as coisas, seu pai não especificou quem era os tais candidatos e dependem de Kajika identificá-los e saber de suas intenções com sua pessoa. Aos poucos, ela descobre quem são: Eugene, um jovem de personalidade aproveitadora e cuja beleza lembram o primeiro amor de Kajika; Rumaty, príncipe de um país rico e de uma cultura bem árabe, que possui a mesma idade dela; e Carl, responsável por uma empresa rival do pai da garota. E concorrendo por fora, o próprio Li Ren, que tem quedinha por Kajika e continua sendo o seu protetor. Ou seja, todos são jovens ricos, bem abastecidos e cada um com sua personalidade única que acabam topando com nossa protagonista - e que mesmo tendo grana e status, escondem problemas que acobertam neste mundo da fama e negócios. O contato com Kajika faz com que eles aprendam a superar estes problemas e sejam felizes, cada um ao seu jeito. A princípio, estes jovens passam a ser amigos muito queridos dela e sua personalidade influencia e muito a forma de pensar e de agir deles. Por fim, algo acontecerá envolvendo uma questão política que fará esse joguinho ser interrompido, além de descobrirmos segredos que envolvem Kajika numa trama cheia de conspirações e sucessão de poder.

As sequelas desta questão e como fica o jogo de escolher um noivo, é parte dos ingredientes que diferem “Hanasakeru Seishounen” dos shoujos românticos e cheios de brilho que tanto conhecemos. O elenco de personagens é bastante diversificado e o quarteto masculino de onde Kajika tem de escolher o predestinado são um charme. O romance não rola aos montes por causa da política, mas tem lá os seus momentos, junto a uma comediazinha pra aliviar o estresse e por último um visual bem shoujo que não chega a ser exagerado demais, trazendo um “traço real” na sua constituição.

Como a série foi feita anos após o término do mangá, pode-se dizer que a produção seguiu o roteiro do começo ao fim, sem deixar pontas soltas. Em termos de produção, o estúdio Pierrot fez uma animação muito boa, respeitando o estilo imposto e com um bom elenco de vozes, com destaque para a dublagem de Kajika e de seus pretendentes, que encaixaram bem no perfil proposto. Na parte musical, a abertura “CHANGE” e o encerramento “ONE” foram cantados pela cantora J-Min, sendo que em ambos os clipes, vemos Kajika e os rapazes.


Portanto, para aqueles que gostam de um shoujo e quer sair um pouquinho do estilo, “Hanasakeru Seishounen” pode agradar com uma história de gente rica que é como a gente; dar uns suspiros com o quarteto masculino principal e uma protagonista não tão bobinha como se vê por aí. Um anime simples e direto em sua execução...


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